Pov America
Fechei a porta e subi correndo até meu quarto para pegar minhas roupas e uma toalha e depois corri para o chuveiro.
Tomei o banho mais rápido da minha vida, me troquei, peguei minha bolsa e saí correndo para me encontrar com o Maxon.
Maxon me esperava dentro de seu carro, mas quando me viu, saiu e veio abrir a porta. Depois deu a volta e entrou no lado do motorista.
--Você foi rápida. -ele disse ligando o carro e partindo.
--Não costumo demorar no banho. -eu respondi colocando o sinto.- E não é muito educado deixar alguém esperando, muito menos um homem tão gentil.
--Gostei do gentil. -ele sorriu sem tirar os olhos da rua.- Está com fome?
--Estou faminta. -respondi para ele colocando a mão sobre o meu estômago.
--Dá mesmo para ouvir o seu estômago daqui. -ele riu da própria brincadeira.
--Engraçadinho você, não é mesmo. -eu falei, dando um soquinho no braço dele.- Posso saber qual o motivo para tanta felicidade?
--Pode sim. Vamos dizer que coloquei um ponto final em um relacionamento que me encomodava já fazia muito tempo.
--Por acaso isso tem alguma coisa haver com o seu pai e com o que te aconteceu?
--Isso mesmo. -ele respondeu e vi um pouco de tristeza em seus olhos.- Meu relacionamento com meu pai sempre foi abusivo. Ele sempre controlou minha vida e quando eu fazia algo que ele não gostava, acontecia o mesmo que aconteceu ontem.
--Isso acontece com muita frequência? -perguntei segurando a mão dele que estava no volante, mas logo tirei de cima.
--Quando eu era mais jovem, sim. -ele respondeu.- Mas, quanto mais crescia, menos isso acontecia. O que aconteceu ontem foi a primeira vez em anos.
--Eu sinto muito. -falei, tentando não demonstrar que estava com pena dele.- E sua mãe sabe?
--Não. Achei melhor nunca contar.
--Compreendo. -falei olhando para a rua e decidi mudar de assunto.- Para onde está me levando?
--Você vai ver, apenas confiei em mim.
--Esta bem.
Sim eu realmente confio nele, não consigo explicar, mas toda vez que estou ao lado dele sinto que não importa o que aconteça nada pode me machucar, a não ser eles mesmo.
Maxon dirigiu por mais algum tempo então parou no estacionamento de um restaurante.
O restaurante era um lugar muito lindo e aconchegante. O clima ali estava muito bom.
Escolhemos onde iríamos sentar e Maxon puxou a cadeira para mim e eu me sentei, depois ele fez o mesmo, só que na minha frente.
--Você gosta de comida brasileira? -Maxon perguntou olhando o cardápio.
--Na verdade eu nunca comida nada do Brasil. -respondi sendo sincera e fiquei um pouco envergonhada.
--Então hoje isso vai mudar e tenho certeza que você não vai se arrepender. -ele disse pegando o cardápio e dando uma olhada.
--Já foi ao Brasil. -perguntei, também olhando para o cardápio, mesmo sabendo que eu não tinha a menor ideia do que escolher.
--Sim. Uma vez a São Paulo e duas vezes a Belo Horizonte. Meu pai tem negócios com universidade dessas cidades -ele respondeu.- Que tal eu escolho e só experimenta?
--Acho uma boa ideia. -respondi sorrindo.
Maxon pediu uma salada de entrada, feijoada e vinho feito no sul do Brasil. Não sei se é uma boa combinação no país, mas eu gostei.
--Aonde você comeu isso? -eu perguntei.
--Em Belo Horizonte. -ele respondeu depois que terminou de comer.- Vai por mim que lá é muito mais gostoso que aqui, mas eles chegam perto.
--Posso imaginar que seja mesmo.
--Quer sobremesa? -respondi com a cabeça.- Que tal Torta de morango?
--Acho muito bom. -eu respondi.
Nós dois dividimos um pedaço de torta de morango que aliás é a minha favorita.
Depois fomos andar por uma pracinha que tem ali perto e depois ele me levou de volta para casa.
Porém, enquanto estávamos no meio do caminho algo estranho aconteceu. Maxon acelerou do nada.
--O que ouve? -eu perguntei meio assustada.
--Tem um carro nos seguindo desde que saímos do restaurante. -ele respondeu e eu olhei para trás, não tinha reparado em nada.- Você está de sinto?
--Sim, eu estou.
--Então se segura, porque vou precisar acelerar.
--Manda ver. -eu falei me segurando no sinto.
Ele acelerou o carro e começou a virar em várias ruas super rápido. Olhei para trás de novo e parecia que o carro tinha sido despistado.
Olhei para o Maxon e percebi que ele também tinha visto. Nós sorrimos um para outro, tínhamos conseguido, mas então do meu lado uma luz surgiu e um carro nos acertou.
Lembro de ver o nosso carro capotar e Maxon gritar meu nome e pelo tom dava para perceber que ele estava preocupado comigo.
Depois disso eu não me lembro de mais nada.
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Partir Mil Vezes
FanfictionAmérica é uma garota linda, carismática e inteligente que mora no Canadá. Para poder realizar seu sonho de se tornar uma musicista maravilhosa ela e seu namorado Aspen se mudam para Chicago, para que América possa entrar na Universidade de Música e...