Capítulo 39

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      Pov América

   Cinco anos tinham se passado desde a última vez que eu tinha visto o Maxon. Melhor, desde que eu tinha sido arrastada para longe dele e eu nunca tinha conseguido superar aquilo.

   Eu nunca tinha esquecido ele. Eu ainda o amo. Porém a vida tinha que continuar e ela continuou.

   A dois anos eu me formei na universidade. Hoje eu toco em shows, nada profissional, apenas para ganhar um dinheiro extra, mas um dia gostaria de viver apenas da música, mas sei que estou apenas começando e por mim tudo bem.

    Continuo trabalhando na livraria junto com a Hannah, mas ampliamos a loja e agora temos uma sessão somente para música, livros, CD's, discos e até os instrumentos e eu sou a gerente dessa sessão.

   Marlee se formou em administração e trabalha com a gente na parte de contabilidade e administração, sem ela teríamos problemas sério com as contas.

   Marlee está noiva do Carter, isso mesmo, eles estavam namorando escondido quando tudo aconteceu a cinco anos e agora estão noivos, mas sem data para o casamento.

   Carter se formou em segurança interna de propriedade privada, eu sei nome bem bonito para segurança particular.

   --E o Carter finalmente conseguiu umas férias. -Marlee falou enquanto conversávamos durante a nossa pausa.

    --E quanto tempo de férias ele conseguiu? -eu perguntei.

    --Dois meses e depois a empresa vai manda-lo para outro serviço. -Marlee explicou e depois mordeu um pedaço de bolo.

    Carter trabalhava para uma empresa privada, Guard Illea. Essa empresa é contratada para proteger pessoas importantes.

    --Bom ele bem que merece. -eu disse.- Quando foi mesmo a última vez que ele tirou férias.

   --Foi a dois anos. -Marlee respondeu.- Na viagem para o Brasil.

    --Verdade, faz tempo então. -eu disse.- E vão viajar?

    --Sem planos ainda. Mas eu adoraria ir para algum país da Europa.

    --Com licença. -um homem entrou e eu soube que meu café tinha acabado.- Onde posso encontrar América Singer?

   --Sou eu. -falei, me levantando.- No que posso te ajudar.

    --Meu nome é Doug e a empresa que eu represento está a procura de cantoras e instrumentistas para um trabalho. -ele se explicou.- Vimos sua apresentação a duas noites e queríamos contrata-la. Será que é possível?

   --Depende. -falei, mas confesso que estava interessada.- Qual é o trabalho?

    --Vai ter um evento para dar início a uma construção de universidade e nossa empresa está contratando uma pessoa para isso. -ele falou para mim.- Vamos pagar muito bem e a viagem, hospedagem e tudo que precisar no período em que estiver lá será por nossa conta.

    --E quanto ela iria receber por esse trabalho? -Marlee perguntou, me fazendo lembrar que ela também estava ali.

   --Mais ou menos 4 mil dólares. -ele respondeu e eu quase caí sentada.- Ou mais, vai depender do quanto você for boa e os contratantes gostarem.

   --E onde seria esse evento? -eu perguntei.

   --Berna, na Suiça. -ele respondeu.

   --E para quando é? -Marlee perguntou.

   --Proximo final de semana. -ele confirmou.- Se você aceitar, viajará na quarta feira.

   --Pode me dar um minuto para pensar e conversar com a minha amiga? -eu perguntei e ele concordou com um aceno de cabeça.- O que você acha, Marlee?

    --Que essa pode ser a sua chance de começar a fazer carreira. -ela disse, estávamos em um canto cochichando.- Você deveria aceitar.

   --Mas e a loja?

   --Eu e a Hannah podemos dar conta e se precisarmos de ajuda peço ao Carter, acho que ele é bem capaz de atender alguns clientes.

   --Quer saber você está certa. -eu então me voltei para o moço.- Doug.

    --Sim? -ele se aproximou de novo.

   --Eu aceito. -eu respondi sorrindo.- O que eu tenho que fazer?

   --Compareça amanhã neste local. -ele me entregou um cartão.- As 10:00 da manhã e diga que você quer falar com o Doug.

   --Obrigada Senhor. -falei pegando o cartão e logo em seguida apertando a sua mão.

    --Eu que agradeço, senhorita Singer.

    Ele saiu da loja e eu fiquei lá, olhando para a Marlee que assim como eu estava muito contente.



       Dia seguinte.

   No horário marcado, eu estava na recepção da empresa e confesso que estava bem nervosa.

   --No que posso lhe ajudar? -a atendente me perguntou.

    --Eu vim falar com o Doug. -disse.

   --Senhorita Singer? -ela perguntou e eu confirmei.- O Sr Doug já está te aguardando.

    Ela me entregou um crachá de visitante e me indicou o elevador. Eu subi até o último andar e quando as porta se abriram uma outra mulher me levou até a sala dele.

    --Senhorita Singer. -falou o Doug assim que entrei em sua sala- A senhorita é muito pontual.

    --Pontualidade é tudo. -falei, apertando a mão dele.- E por  favor me chame apenas de América.

   --Como quiser, América. Sente-se por favor. -eu fiz o que ele pediu.- Ficamos muito feliz em saber que você aceitou nosso convite.

    --Eu que fico feliz pelo seu convite. -respondi.- Mas, então?

    --Bom aqui está o contrato. -ele me passou o papel e uma caneta.- Sinta-se a vontade para lê-lo sem a menor pressa.

    E foi o que eu fiz. Meu pai sempre me ensinou a ler um contrato antes de assina-lo para não cair em frautes.

    No contrato dizia que eu estava sendo contratada para um show em uma inauguração de incio de uma construção de uma faculdade em Berna, Suíça com tudo incluso. Vôo, hotel, alimentação e custos extras como roupas.

     Eu assinei o contrato depois de lê-lo.

    --Quando eu viajo? -perguntei para ele.

    --Na quinta feira. -ele respondeu.- Em dois dias. Te mando mensagem com o horário do vôo, qual o seu número?

    --Pode me dar um papel? -ele me passou um papel e eu coloquei meu número.- Mais alguma coisa?

    --Não, somente isso mesmo. -ele respondeu, me acompanhando até a porta.- Se possível eu vou te encontrar no aeroporto, mas se não te ver, quero que venha me visitar quando voltar.

   --Pode deixar e mais uma vez muito obrigada. -eu disse.

   --Eu que agradeço. Boa viagem.

   --Obrigado.

   Eu saí e o Doug fechou a porta atrás de mim, fiquei um tempo parada ali arrumando minha jaqueta e pude ouvir quando ele disse que estava tudo indo muito bem, deveria ser algum outro contrato.

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