Capítulo 35

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     Pov América

  O carro surgiu do nada e nos fez sair da estrada e capotar várias vezes. No impacto bati a cabeça com muita força e acabei desmaiando.

    Acordei com uma dor na cabeça e no pescoço enorme, acho que com a batida do carro eu tive uma concusão.

    Sem abrir os olhos, me sentei bem devagar e sem abrir os olhos, mas quando o fiz não entendi muito bem.

   Eu estava nos corredores da universidade e tudo estava muito vazio. Muito assustador.

    Eu não podia ficar parada, então andei em direção ao meu armário, mas quando cheguei no corredor dos banheiros escutei a voz do Maxon.

    --Você não pode tocar um dedo na América. -eu ouvi ele dizendo para alguém que eu não conseguia ver quem era.

    --E por que não? -então eu descobri com quem Maxon estava conversando, seu pai.

    --Porque eu a amo. -Maxon respondeu.

    Eu não esperava ouvir aquilo. Na verdade eu não entendia o que era aquilo. Só pode ser um sonho por causa da pancada.

    --Então já que você a ama tanto assim, meu filho. -vi Clarkson colocar a mão no rosto do filho, mas Maxon desviou.- Se afaste dela ou eu vou acabar com a vida dela.

    --Eu já sei, pai. -Maxon respondeu, se controlando para não perder a calma.- Se eu não me afastar da América, você vai expulsar ela da universidade e vai empedir que ela entre em outra e com isso ela jamais poderá trabalhar com música.

    --Exatamente. -Clarkson se aproximou do filho.- Eu posso fazer isso e muitas coisas piores. Então se considere avisado.

    Então, uma grande dor na minha cabeça me fez cair em uma escuridão terrível e quando abri os olhos novamente eu vi um teto.

    --Olha quem finalmente acordou. -levei um susto e olhei na direção da voz.- Achei que estivesse em coma.

   --Senhor Schreave. -me sentei, mas fazer apenas fez tudo girar na minha frente.- Onde estou?

    --Em um lugar onde não irá destruir a vida do meu filho. -ele falou e percebi a raiva em sua voz e olhos.

    --Eu não sei do que o senhor está falando. -o que era uma grande verdade.- Mas agradeceria se pudesse me deixar ir.

    --Acho que não vai rolar. -ele se levantou.- É melhor ir se acostumando, a partir de hoje esse vai ser o seu novo lar.

    --Por que está fazendo isso comigo? -perguntei para ele.

    --Porque meu filho Maxon não cumpriu a parte dele no acordo.

    --Que acordo?

    --Ele tinha que se afastar de você, mas fez o oposto. -respondeu ele indo em direção a porta.- Mas você poderia ter facilitado tudo se tivesse morrido naquele acidente.

    Ele saiu do meu quarto ou cela, tanto faz. E eu fiquei pensando na nossa conversa e foi aí que eu entendi.

   O meu sonho não tinha sido um sonho, mas sim uma lembrança. Uma lembrança de antes do meu acidente. Uma lembrança de antes que eu perdesse a memória.

    E quando percebi isso, tudo voltou a mim. Minha memórias retornaram e eu me lembrei do Maxon e do quanto eu o amava e da nossa relação.

    Eu voltei a dormir e fui acordada por dois guardas que entraram na cela quase me matando de susto. Eles me arrastaram até um canto e me amarraram a uma cadeira e depois colocaram vários fios em mim que estavam ligados a uma caixa.

   Aí meu Deus, eles vão me eletrocutar.

    Eu estava presa a cadeira e amordaçada quando trouxeram o Maxon até a minha presença e o colocaram na minha frente.

     --O que você está fazendo? -Maxon perguntou ao pai.- Por que está fazendo isso?

    --Porque eu posso. -ele falou ao filho e aquilo me assustou.- Mas porque eu quero que você perceba que ficar longe dela é o único jeito de mantê-la segura e viva.

    --O que vai fazer com ela? -Maxon perguntou, mas tinha medo na voz dele.

    --O que você acha. -Clarkson respondeu e virou um balde em cima de mim, me molhando toda.- Você tem uma escolha para fazer filho.

    --É qual seria? -Maxon perguntou.

    --Você faz o que eu mando sem questionar e ela vai embora. -Clarkson disse.- Ou continua sendo um filho rebelde e ela paga o preço.

    --Eu não aguento mais abaixar a cabeça para as suas ordens. -Maxon respondeu, mas percebi que ele estava errado.

    Clarkson não falou nada, só apertou um botão e meu corpo todo ferveu e tremeu. Eu não consegui aguentar e dei um grito. Aquilo doía muito.

    --PARA. PARA COM ISSO. -Maxon gritou e o pai dele parou, para meu aviso.- Me bate, me queima, me tortura, faz o que quiser comigo, mas por favor, não machuca ela. Não toca nela.

    Eu não esperava por aquilo e meu coração se partiu em mil pedaços de emoção e tristeza.

    --Então me dê uma resposta e tem que ser agora. -Clarkson estava com o dedo em cima do botão.

    --Esta bem. -Maxon respondeu, estava se segurando para não chorar.- Eu faço tudo que você mandar, mas deixa ela ir embora.

    --Esse é meu filho. O filho que eu criei. Mas não confio em você e preciso ter certeza que vai cumprir a sua parte do acordo.

    --O que você quer que eu faça. É só falar que eu faço. Para salva-la de você eu faço qualquer coisa.

    --Ainda não sei o que você pode fazer, mas vou pensar. -Clarkson falou indo até a porta.- Mas até lá vocês dois vão dar uma descansada.

    Clarkson saiu e os guardas nos desamarraram e nos levaram para outro lugar.

     Eles nos levaram para umas celas feitas de vidro que ficavam em um lugar afastado de onde estávamos a alguns minutos.

    Nos jogaram em celas separadas, mas uma ao lado da outra e depois de tranca-las foram embora.

    Eu estava com medo e dava para perceber que Maxon queria dizer algo, mas não conseguia, então eu precisava tomar a iniciativa.

   --Esta bem. -Maxon respondeu, estava se segurando para não chorar.- Eu faço tudo que você mandar, mas deixa ela ir embora.

    --Esse é meu filho. O filho que eu criei. Mas não confio em você e preciso ter certeza que vai cumprir a sua parte do acordo.

    --O que você quer que eu faça. É só falar que eu faço. Para salva-la de você eu faço qualquer coisa.

    --Ainda não sei o que você pode fazer, mas vou pensar. -Clarkson falou indo até a porta.- Mas até lá vocês dois vão dar uma descansada.

    Clarkson saiu e os guardas nos desamarraram e nos levaram para outro lugar.

     Eles nos levaram para umas celas feitas de vidro que ficavam em um lugar afastado de onde estávamos a alguns minutos.

    Nos jogaram em celas separadas, mas uma ao lado da outra e depois de tranca-las foram embora.

    Eu estava com medo e dava para perceber que Maxon queria dizer algo, mas não conseguia, então eu precisava tomar a iniciativa.

    --Eu me lembro de tudo. -eu disse a ele.- Eu me lembro de tudo.

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