Capítulo 41

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      Pov América.

   Quando a moça se virou para ver quem a chamava tive uma grande surpresa.

   --América está é a senhorita Celeste. -Lucy nos apresentou.- Celeste está é a cantora America.

    --Já nos conhecemos. -eu falei, ainda me recuperando da surpresa.- Prazer em revê-la.

   --Não posso dizer o mesmo. -Celeste não mudou nada.- América quero te apresentar meu namorado. -ela fez um sinal para a pessoa atrás dela e ele se aproximou.- América este é o Aspen, mas acho que vocês já se conhecem.

    Por essa eu não esperava nem um pouco, Aspen estava namorando a Celeste.

    Já fazia tantos anos que eu não o via, desde que terminamos em Chicago, mas nunca imaginei que iria encontrá-lo do outro lado do mundo e junto com a Celeste.

   --Olá America. -ele falou para mim.- Como você está?

   --Eu vou bem. -respondi, sendo educada, mas na verdade eu estava com muita raiva.- Como foi que vocês se conheceram? -eu não acredito que perguntei isso.

   --Eu fui segurança dela, depois que ela se formou na universidade. -Aspen explicou.- Na verdade ainda sou, porém também sou namorado, o que pode facilitar um pouco as coisas.

   --Ou complicar. -Celeste disse em um tom irritante.- Esse momento de reencontro está muito bom, mas temos que ir, foi muito bom te rever América.

   --Pensei que você tivesse dito o contrário. -eu respondi, com um sorriso irônico.

   Celeste não respondeu, apenas pegou a mão do namorado e saiu. Me virei para a Lucy.

    --Isso foi estranho. -Lucy disse para mim.

   --Você não tem ideia. -eu disse.- Qual nossa próxima tarefa?

   --Bom, vamos almoçar e depois quero que você conheça o diretor da nova universidade. -Lucy falou.- Com fome?

   --Faminta. -eu respondi.

   Fomos até um barraquinha de cachorro quente e comemos por lar, conversamos sobre vários assuntos e confesso que gostei bastante da Lucy, ela é uma garota super legal.

    Já a tarde, fomos para a sede da primeira universidade, pois Lucy queria que eu conhecesse o tal diretor, então fomos conhecer ele.

    Quando chegamos no escritório da diretória Lucy bateu na porta e uma voz respondeu, por algum motivo eu conhecia aquela voz, mas não podia dizer de onde.

    Mas descobri de quem era a voz assim que entrei na sala e quase desmaiei com a minha surpresa.

   --Maxon essa é a cantora que veio de Chicago, América Singer. -Lucy me apresentou.- Senhorita América este é o nosso diretor, Maxon Schreave.

    --É um prazer conhecê-la, senhorita. -Maxon se levantou e me cumprimentou, ele fingiu que não me conhecia.

    --O prazer é todo meu, senhor. -respondi, também fingindo que não o conhecia.- Agradeço muito pelo convite para cantar na sua inauguração amanhã.

    --Na verdade, é uma honra ter uma moça tão bonita cantando para nós. -Maxon falou.

    --Bom agora que vocês já se conheceram, vou levar a América para conhecer a cidade. -Lucy disse, quebrando o clima tenso.- Bom trabalho para o senhor.

   --Bom passeio para as senhoritas. -Maxon disse, voltando a se sentar.

    A conversa com a Celeste foi estranha, mas essa com o Maxon eu não tinha palavras para descrever.

    Aquele buraco que a muito tempo estava aberto em meu peito e que eu levei tantos anos para fechar, voltou a se abrir e doía demais.





     Pov Maxon

   Eu podia imaginar que qualquer pessoa fosse ser a escolhida para cantar no evento, mas eu nunca imaginei que fosse ser a América.

    Por muito tempo eu imaginei como seria me reencontrar com ela, mas nem mesmo nos meus piores pesadelos eu imaginei que seria deste jeito. Foi tão horrível.

   Cada nervo do meu corpo desejava abraçar ela, beijar ela. Sentir sua pele, seu cheiro. Tocar seu cabelo, seu rosto. Mas eu não podia, seria jogar anos de sacrifício e dor no lixo. Eu não poderia colocar a vida da mulher que eu amo em risco.

   Foi por esse motivo que eu fingi que não a conhecia e que aquela era primeira vez que nos víamos.

    Depois daquele encontro eu não tinha mais cabeça para trabalhar, então dei um tempo para não correr o risco de encontrar com as meninas. Quando soube que já era seguro, peguei minhas coisas, fui até o carro e parti para minha casa.

    Chegando lá, entrei no banheiro e fui tomar um banho, mas ainda assim não conseguia tirar aquele reencontro da minha mente.

    Já bem tarde, alguém tocou minha campainha, assim que abri a porta vi que era a Lucy.

   --Pode entrar. -disse, antes que ela me perguntasse.

    --Obrigada. -ela entrou e fechou a porta.- Vim até aqui por que queria te perguntar uma coisa.

   --Manda ver, o que você quer saber? -eu me joguei no sofá.

    --Por que você ficou tão estranho quando conheceu a América hoje? -ela perguntou e eu já imaginava que aquela seria a pergunta.- E não minta para mim Maxon, te conheço a muito tempo para saber quando você mente.

   --Você não tem ideia do motivo? -eu perguntei, olhando para ela.- O nome dela não te diz nada.

   --Se eu vim até aqui para te perguntar, é porque não me diz nada. -ela respondeu sendo meio grossa.

   --É ela, Lucy. -eu falei, deixando minhas lágrimas caírem.- Ela é a minha América.

   --Você só pode estar de brincadeira. -ela se jogou na minha frente.- Você tem certeza disso?

   --Acho que minha reação deixou isso bem claro. -eu respondi.- Eu tenho total certeza.

   --Meu Deus Maxon, eu não sabia disso. -Lucy estava triste.- Quer que eu a mande embora e contrate outra?

   --Não. Isso não seria justo com ela. -eu respondi.- Eu vou dar um jeito.

   --E seu pai?

   --Vou dar um jeito nisso também. Sua missão Lucy é manter ela longe do meu pai.

   --Considere feito. Quer que eu fiquei?

   --Não, vai descansar, amanhã será um grande dia.

   Ela se levantou e saiu sem olhar para trás.

   Quando escutei a porta se fechando eu finalmente deixei minhas lágrimas caírem e chorei até dormir ali mesmo na sala.

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