𝗠𝗘𝗨 𝗠𝗘𝗟𝗛𝗢𝗥 𝗔𝗠𝗜𝗚𝗢. [KINNIE]

16- De volta.

Naquele momento eu até caí sentando em minha cama pois não estava querendo acreditar.
Não podia ser verdade...
O vinnie sempre me contou que não teria coragem de usar, e mesmo depois daquele envolvimento ele sempre estava sóbrio...

ㅡ Senhor hacker... O que vai acontecer? ㅡ Pergunto após alguns segundos em silêncio.

ㅡ Vamos esperar ele acordar... Tomara que seja logo. ㅡ O tom de sua voz não era o qual eu esperava.

Finalizamos aquela ligação e eu caí sobre minha cama, não queria acreditar no que ouvi.

Visto uma roupa aleatória e corro até o quarto do vinnie. Vasculhei aquele cômodo como se fosse a última coisa que eu precisava fazer para viver, arranca as gavetas dos locais originais, tirei o colchão da cama, procurei furos no mesmo e nada...
Não tinha nenhuma droga. Nenhuma.

ㅡ O que ce tá fazendo? ㅡ Anthony fala entrando no quarto. ㅡ Que bagunça é essa?

ㅡ Overdose de drogas. Tava procurando elas pelo quarto dele.... ㅡ Suspiro e Anthony vem até mim, ele não parecia bem com aquilo também.

ㅡ Vamos esperar ele acordar. Ele vai falar a verdade para gente, o vinnie não mentiria para você. Não sobre isso. ㅡ O branco vai me tirando de dentro do quarto.

ㅡ Será que não mentiria? Com esse laudo... Eu não sei mas quem é o vinnie. ㅡ Levo minhas mãos até meus fios de cabelo deslizando os mesmo para trás.

ㅡ Não pensa assim.

ㅡ Bom, eu penso. Agora vou cozinhar algo para levar para os pais do vinnie no hospital. ㅡ Falo descendo as escadas.

ㅡ Kio, vai descansar. ㅡ Anthony fala me seguindo.

ㅡ Já descansei, agora preciso ajudar eles. ㅡ Falo procurando os ingredientes para preparar a comida.

Anthony sabia que não conseguiria me fazer mudar de ideia, então apenas me ajudou a cozinhar e levar para o hospital.

Assim que chegamos no prédio, vou direto a caminho da família hacker.
Os mesmos estavam no quarto de vinnie observando o rapaz, então dou três batidas na porta antes de entrar.

ㅡ Oi... Eu trouxe comida para vocês, provavelmente não comeram nada. ㅡ A senhora hacker se levanta e vem até mim me abraçando, sem hesitar retribuo o abraço da mesma.

ㅡ Querido, obrigada por isso... A gente estava sem fome. Você deveria estar descansando... ㅡ Ela deixava sua mão posicionada em meu ombro me olhando com uma paz de mãe.

ㅡ Obrigado por todo apoio, kio. Temos sorte em o vinnie ter um amigo como você... ㅡ O pai do cacheado falava.

ㅡ O vinnie vai ficar bem, tentem não se preocupar muito, sei que é difícil... Mas vocês precisam ser fortes para deixar ele forte. ㅡ Falo e recebo o abraço dos dois.

Tentei convencer os dois a comerem e consegui, assim como hoje.
No outro dia.
No dia seguinte desse dia.
Na outra semana.
Continuei levando comida para os mesmos e continuando por lá, na esperança de vinnie acordar,
E me perdoar.

Se passaram 2 semanas, o ponteiro marcava 14:45.
Eu estava na poltrona ao lado de vinnie pois os pais dele precisaram resolver uns assuntos de família.
Consigo observar como um reflexo o dedo indicador de vinnie se mover, me fazendo levantar rápido.

Seus olhos foram se abrindo devagar, tentando capitar cada segundo, ele olhava para os lados, para sua frente, até encontrar o meu olhar, o encarando ansioso esperando algo de seu falar.