Já estamos em março. Mais especificamente no dia 20 de março. Esse começo de ano foi maravilhoso, as aulas voltaram, Sam e Marcos se assumiram (e mesmo assim não me deixaram de lado, eles são incríveis), passar por fevereiro sem ter q sair na rua pulando e fingindo estar super feliz e animada e bêbada no carnaval é incrível. Não ter carnaval é incrível.
Tenho que confessar que estou um pouco preocupada com o romance da Sam e do Marcos. Não, não estou com ciúmes. O Marcos vai voltar para o Brasil mais ou menos na mesma época que eu, e (assim como eu) vai deixar o suposto amor da sua vida aqui. E obviamente vamos passar semanas só tomando sorvete e comendo chocolate enquanto choramos em posição fetal. Vamos esperar que não chegue a esse ponto, mas é inevitável. A dor é inevitável.
Chega de assunto que me deixa triste. DIA DOS NAMORADOS. Nos Estados Unidos é comemorado dia 14 de fevereiro. Nessa semana inteira nossa escola era só amor. Tinha corações e rosas e vermelho pra todo lado, o conselho estudantil organizou uma espécie de entrega de rosas com cartões amarrados. A pessoa ia até a sala que eles separaram, compravam uma rosa por um dólar e escreviam num cartão o nome do emitente e de quem iria receber e uma mensagem. Achei super fofo. Mas para não ficar monótono, o conselho providenciou que o clube de música ficasse disponível em todos os intervalos e pelo menos dois horários por dia durante essa semana, para que as pessoas pudessem se homenagear. Algumas caixas de chocolates também estavam a venda.
Vou ser bem sincera, eu fiquei me remoendo de segunda a quinta, com medo. Aidan não me mandara nada e nem comentara sobre o dia dos namorados. Eu recebi quatro flores, duas de Samantha (uma dizendo que sentia muito e outra dizendo que sentia uma paixão lésbica platônica por mim e depois declarando que era brincadeira), uma de Marcos e uma de um cara que eu não sabia da existência até alegar no cartão que me mandou que eu canto muitíssimo bem e gostaria de poder fazer um dueto comigo qualquer dia. Eu comprei algumas rosas pretas e cuidei para que fossem entregues a Aidan uma em cada dia da semana.
Mas na sexta feira eu posso dizer que se não foi a cena mais fofa de todo o universo, foi no mínimo a mais vergonhosa. Aidan, na minha última aula, quando eu tinha perdido completamente as esperanças, Aidan entra de terno com todo o grupo de música cantando "Can't take my eyes over you", logo depois de um buquê gigantesco de rosas chegar pra mim durante a aula de álgebra. A professora revirou ou olhos e fechou o livro com força, mas foda-se a aula de álgebra. No domingo (dia 14) eu e Aidan fizemos um piquenique na praia de Santa Mônica no almoço e no jantar fomos até o restaurante mais caro e chique que servia comida vegana, usamos roupas de gala e tudo. No fim da noite Aidan me deu um anel... a coisinha mais delicada e adorável que eu já ví na vida. E é claro que tenho fotos de T.U.D.O...
O buquê:
A música que Aidan cantou:
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Aidan e eu
FanfictionA intercambista Julie Key, uma antisocial apaixonada por livros, por coincidência do destino, é abrigada pela família Gallagher, sua consideração e sua estima por Aidan parece um pouco mais além do que a relação anfitrião-intercambista permite. Em r...