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Enfim o dia do evento. Ontem eu e Marcos pegamos o vôo direto pra cá e nos hospedamos no hotel Claridge's, cuja festa aconteceria em seus salões imensos e sofisticados. É claro que eu me arrependi da roupa que comprei no exato momento em que pisei no primeiro degrau da escadaria, indo em direção ao meu quarto de hotel. Mas Julie Key está sempre preparada, trouxe comigo um vestido preto de tirar o fôlego de qualquer madame, então deixei a roupa que comprei às pressas para usar numa outra ocasião mais moderna...

Ele era bem apertado também, exibia bem minhas curvas, então deixaria os homens malucos também.

Assim que cheguei no topo da escadaria, me apoiei no corrimão e comecei a fiscalizar os convidados. Em sua maioria escritores que já tiveram ou têm como editora a Pearson, alguns representantes da educação de países variados e alguns artistas. Tenho que fazer amizade com alguns contatos influentes... e ter uma... conversa particular, digamos assim, com aquele ator sentado sozinho...

-Marcos meu confiável e antenado amigo

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-Marcos meu confiável e antenado amigo... quem é aquele sentado sozinho na mesa perto dos bolos?

-Sua safada desinformada, aquele é Timothée Chalamet. Ator. 25 anos.

-E gostoso.

-Principalmente. Seu trabalho principal é o "me chame pelo seu nome". Arrasa.

O "arrasa" ou "brilha" é nosso código que quer dizer "vá em frente". Pisco um olho pra ele enquanto Marcos se afasta indo em direção à alguns advogados renomados. Desço as escadas brincando com o cabelo até que atraio o olhar do solitário Timothée, sorrio de lado, cumprimento algumas pessoas como se fôssemos íntimas e me afasto, me sentando no canto oposto ao dele, estrategicamente.

Passo os próximos minutos trocando olhares enquanto bebericava minha taça de champanhe. Timothée estava interessado, eu tinha certeza. Eu estava prestes a me levantar e ir conversar sobre qualquer coisa com Timothée quando Carlos Wizard Martins (dono da maior rede de escolas de indiomas do mundo) bate levemente com um garfo em uma taça pela metade com vinho e começa um discurso terrivelmente chato e entediante sobre como a Pearson tem colaborado na educação mundial, fornecendo a melhor qualidade de educação com seus livros e blá blá blá. Aproveito a deixa para ir até Timothée.

-Você está prestando atenção?

-Devo ser sincero, com esse vestido eu não consigo prestar atenção em nada além dele.

-Direto. Gostei de você. Julie Key.- Estendo minha mão direita em direção ao garoto, que a aceita.

-Eu sei. Adoro suas músicas. Timothée Chalamet.

-Eu sei. Adoro seus trabalhos. Sinceramente me apaixonei pelo Laurie por sua causa, não via muita graça nele na versão literária.

-Fico feliz.

-O que estamos fazendo aqui senhor Chalamet?

-Representando a pequena parte da sociedade que é jovem, influente e gosta de ler. Quer dizer, isso é uma editora não é?

Aidan e euOnde histórias criam vida. Descubra agora