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Meu irmão chato que se eu pudesse, jogaria do avião que estou prestes a embarcar, me deixa na porta de entrada do aeroporto de Belo Horizonte. Eu fico meio perdida no começo, mas vejo um garoto com um passaporte para os EUA nas mãos, parecido com o meu, então sigo seus passos. Ele vai até uma mulher atrás de um balcão enorme e mostra o passaporte pra ela, faço o mesmo. A moça me aponta o portão de embarque do meu avião, passo pelo detector de metais, e fico passeando sem rumo, olhando as vitrines das lojinhas do aeroporto. Como já despachei minha mala e só tenho minha bolsa comigo, já posso começar a pôr em prática minha ✨estratégia de sobrevivência em espaços públicos✨ (patente pendente). Minha estratégia consiste em três passos: 1.Colocar música baixa e calma, assim você escuta tudo a sua volta, e usar fones com fio para as pessoas perceberem e não virem puxar assunto; 2.Abrir um livro, não precisa necessariamente ler, mas tem que parecer concentrada; 3.Balançar um dos pés como se estivesse ouvindo rock pesado no volume máximo, assim as pessoas vão pensar que você não está ouvindo.

Caso isso tudo falhe você pode fingir que está P da vida, ninguém gosta de conversar com pessoas bravas.

Até agora o plano está dando certo. Até que o garoto qie eu estava seguindo se senta do meu lado, mesmo com tantas cadeiras vazias. Aumento a intensidade do ritmo dos meus pés imitando a bateria imaginaria de uma música que eu não estou escutando.

-Ei, moça?- Merda. Finjo que não escuto. Ele toca meu ombro e me chama novamente. A CASA CAIU. Olho pra ele com a cara mais mal humorada possível, mas ele está sorridente. Tiro um dos fones e marco a página do livro que eu fingi ler com o passaporte que estava em minha mão.

-Que é?

-É que vamos pegar o mesmo avião. E ele já está embarcando. Achei que não tivesse ouvido o aviso por causa dos fones...- Ele se levanta e estende uma mão pra mim. - Muito prazer.

Aceito o aperto de mão do desconhecido.- Obrigada. Pelo aviso.

-Não há de quê.- O sorriso dele se alarga ainda mais. Sua animação me contagia um pouco e eu até arrisco o meio sorriso pra ele.

Ele vai na frente enquanto eu guardo o livro na bolsa. Entrego o bilhete que me permite entrar no avião para a aeromoça e embarco.

Vida nova, aqui vamos nós.

Passo as 11 horas seguintes olhando para as nuvens enormes passando pela janelinha do avião. Eu achava que nuvens de algodão doce eram besteira, mas daqui de cima parecem mesmo ser de algodão doce. Aposto que se eu pudesse abrir a janela, colocasse a cabeça pra fora e abrisse a boca, sentiria gosto de açúcar. Comi vários pacotinhos de amendoim japonês temperado, uma garrafa retornavel de Coca-Cola e alguns pacotinhos de balinhas fini em formato de avião.

Acordei hoje de manhã as 10 horas, faltando cinco horas para o vôo. Duas horas de viagem, uma hora esperando o embarque no avião. Onze horas acima das nuvens. Pelos meus cálculos, vou chegar em Los Angeles às 14 horas.

E assim acontece. Duas horas da tarde do dia seguinte ao que dei bom dia para minha mãe pela última vez, eu chego ao Aeroporto Internacional de Los Angeles. E PUTA MERDA que lugar bonito. Acho que devia ter escolhido uma roupa mais sofisticada.

Depois de pegar minha mala, começo a procurar minha família anfitriã. Fica difícil sem nunca ter visto eles. Como minha mãe concordou com isso?

(Tudo a partir daqui "aconteceu" em inglês)

Avisto um cara careca com uma plaquinha escrito "Key" nas mãos. Estranho. Me aproximo.

-Ei. Eu sou Julie Key. Você é o Ryan?

-Oi senhorita Key. Seus anfitriões tiveram que sair correndo por causa de uma emergência no trabalho. Me mandaram te entregar isso.- Ele me entrega dois pedaços de papel, um grande e dobrado e um que parecia ter sido rasgado de uma folha de papel de caderno.- Tchau.

-Espera, como que eu vou chegar na casa deles sem...- Ele já foi, sem deixar eu terminar de falar. Abro um papel e encontro um endereço e no outro um mapa dessa parte de Los Angeles. Que maravilha. Decido ir a pé mesmo, em vez de pedir um táxi, já que parece que é bem perto daqui.

Ótimo jeito de começar meu ano...

                                  Th.             

Oioi gentee. Vim pedir um favorzinhop vcs, divulguem essa fic POR FAVORZINHO, tenho mts ideias que acho q várias pessoas iam gostar e quero fazer chegar no máximo de gentepossível.

Aa, amores, eu não faço ideia de como é Los Angeles, então vou ir inventando mesmo okay, bjs

Aidan e euOnde histórias criam vida. Descubra agora