O retorno de Lemillion. BNHA.

Página 46. Família part2.

- Por que estamos aqui? - Mitsuha pergunta a Hawks, assim que sobe ao telhado do hospital para encontrá-lo. - Eu esgotei a minha cota de telhados. - Abre os braços e sorri. - Você não cansa desses parapeitos? - Inclina a cabeça e ele se mantém de costas. - Keigo?

- Você me odeia? - Pergunta sem se virar.

- O que? - Franze o cenho.

- Você me odeia, Mitsuha? - A olha de lado.

- Hahaha... Ai! - Segura as costelas. - Não faz piada, ainda doi quando eu riu. - Vai até ele. - Por que está me perguntando isso?

- Depois de tudo o que aconteceu, eu não sabia nem mesmo como olhar para você. - Desvia o olhar e ela sobe no parapeito.

- Como sempre, seu bobo. - Segura seu rosto. - Você não tem que ter vergonha de nada. - Chega mais perto e ele toca sua cintura. - Keigo, você não é o seu pai, também não tem culpa alguma do que ele fez. - Sorri. - Ele é o vilão, não você.

- Eu sei, mas é como se o fantasma dele me perseguisse! - Contrai as bochechas. - Não importa o quanto eu tente, não consigo me livrar, e, as pessoas nunca vão confiar em mim 100%. - Respira fundo e se afasta. - É como uma maldita corrente inquebrável.

- Nada é inquebrável! - Segura sua mão. - Mesmo os diamantes se partem, se você usar a serra certa. - Ergue as duas sobrancelhas. - E você é muito importante para mim, eu te amo e colocaria minha vida em suas mãos se necessário. - Ele lambe os lábios. - Vou provar!

- Como... - Ela se joga de braços abertos e ele arregala os olhos. - MITSUHA! - Abre as asas e pula atrás, a pega bem antes dela se chocar contra o chão. - Você é maluca?

- Talvez. - Toca seu rosto sorrindo. - Mas eu sabia que você me pegaria.

- Você confia mesmo em mim?! - Divaga os olhos por seu rosto e continua voando envolta do hospital.

- Tanto quanto confio em minhas irmãs.

- E você me ama?

- Eu amo! - Seus olhos se enchem de lágrimas.

- Eu também te amo. - A beija, a abraçando apertado e ela geme. - Desculpe.

- Tudo bem, só cuidado com as costelas. - Segura seus ombros e ambos riem.

...

- Então, a Fujibayashi está bem? - Aizawa pergunta a Satowa depois de lhe dar um copo de café.

- Está, o médico disse que a concussão melhorou e o braço também, obrigado. - Pega o copo e da um gole. - Se ela continuar estável, poderá ir para casa amanhã. - Ambos sentam na sala de espera.

- Isso é ótimo. - Cruza as pernas. - Os amigos dela estão morrendo de ansiedade. - Da um gole. - Você não imagina como a Hagakure fica, todos os dias antes de eu vir.

- Ah... Eu imagino. - Sorri. - Ela é muito animadinha.

- Coloca animadinha nisso. - Da outro gole. - Mas me diz, como você está?

- Estou ótima, os exames de ontem comprovaram que o fígado desinxou! - Balança a cabeça. - Os rins estabilizam e meu estômago voltou ao normal. - Levanta os ombros. - Graças a Deus, o rugido do dragão de fogo da Minori, não vai deixar sequelas.

- Que alívio. - Ela anui e ele segura sua mão. - Não sabe como me deixou preocupado.

- Desculpe. - Sorri e coloca a mão dele no rosto. - Mas não vou me desculpar por proteger meus alunos e você. - Ergue as duas sobrancelhas. - Eu faria de novo.