Página 16. Discussões.

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Mais ou menos 1 hora depois, a maioria dos alunos voltaram para os dormitórios, mas Midoriya e Minori foram levar Mirio e Eri para casa.

- Deku-san, vamos correndo na frente? - Eri puxa na manga de Izuku.

- Por que?

- Porque eu quero correr. - Sacode seu braço dele. - Vamos, vamos, vamos?

- Eri-chan. - Minori se apoia nos joelhos. - Eu posso correr com você.

- Não, eu quero o Deku-san. - O puxa mais forte. - Vamos logo. - Corre o puxando e finalmente Midoriya cede e corre com ela.

- Ela está cheia de energia. - Minori sorri.

- É. - Mirio enfia as mãos nos bolsos. - Graças a Deus não sobrou nada da menina assustada e triste de 3 anos atrás.

- A Deus e a você. - Abre os braços. - Mirio, você a salvou de todas as maneiras que uma pessoa pode ser salva.

- Eu não fiz nada sozinho.

- Mas isso não diminui a importância. - Coloca os braços atrás da cabeça. - Você é o herói dela.

- Minori? - Toca seu braço e eles param de andar. - Obrigado, por sempre tentar me fazer sentir bem.

- O prazer é meu. - Sorri. - Você me inspirou muito, me fez ver que apesar de tudo, eu podia sim ser uma super heroína e ser forte, para não ser inútil e nem egoísta com as pessoas ou com o mundo.

- Apesar de tudo?

- Meu pai e eu, não nos dávamos tão bem. - Volta a caminhar olhando para o chão. - Na verdade, nossa relação sempre foi mínima. - Respira fundo. - Não sei se foi porque ele me culpava pela morte da mamãe, ou pela desconfiança sobre eu ser ou não filha dele.

- De qualquer forma, a culpa não era sua.

- Talvez. - Chuta uma pedrinha no chão. - Mas se eu não tivesse nascido, a esposa dele ainda estaria viva, minhas irmãs ainda teriam a mamãe e o mundo ainda teria a super-heróina Horizon. - Seus olhos se enchem de lágrimas.

- De onde tirou isso?

- Ele disse para mim. - O olha e a primeira lágrima escorre de seu olho esquerdo. - Ele me disse que meu nascimento foi um ato muito egoísta, e, que alguém que vem ao mundo dessa forma, não merece estar nele. - Contrai as bochechas. - E quando despertei o dragão da noite e tudo ficou mais difícil de controlar, passei a pensar que ele tinha razão.

- Por favor. - Segura seu rosto e limpa as lágrimas. - Nunca mais repita isso. - Passa o polegar perto do supercilio. - Tenho certeza de que sua mãe também não iria gostar de ouvir. - Levanta sua cabeça. - Nem suas irmãs, porque seu nascimento, deve ter sido uma das melhores coisas que aconteceu para o mundo, e quem disser o contrário, está errado!

- Mirio!

- Você é forte, dedicada, intensa e incrível em todos os sentidos. - Chega mais perto. - Com certeza é alguém por quem vale a pena, morrer e viver. - Ela engole seco e fica vermelha. - Seu pai pode não ter notado, mas, suas irmãs, seus professores, seus amigos e eu também... Eu notei!

- Você acha isso mesmo, não acha? - Segura sua mão e ele segura na nuca.

- Acho! - Ambos divagam os olhos pelo rosto um do outro.

Mirio se aproxima devagar, então Minori segura seu pescoço, fecha os olhos e uni seus lábios. Ambos abrem a boca e enfiam a língua um na boca do outro. Togata agarra sua cintura e a garota se coloca na ponta dos pés se apoiando em seus ombros largos. O gosto salgados das lágrimas dela se misturam a seus lábios e ela suspira agarrando os fios loiros do garoto, que desliza as mãos por seus quadris e aperta na lateral antes de morder seu lábio inferior.

O retorno de Lemillion. BNHA.Onde histórias criam vida. Descubra agora