Página 8. Atrito.

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Mais tarde naquele mesmo dia.

Todos saíram para seus estudos de trabalho e Minori foi para o jardim, onde passou horas treinando a mente com meditação e jogos de palavra, depois treinou o controle de poder e por fim o corpo.

No fim da tarde, quase perto da exaustão, a caçula Fujibayashi está de cabeça para baixo, fazendo flexões com as pernas para cima, quando um par de botas pretas e vermelhas aparece na sua frente.

- Aaah... - Perde o equilíbrio e duas mãos seguram suas pernas.

- Você perde a concentração com muita facilidade. - Bakugo empurra as pernas dela para trás e ela usa o impulso para ficar de pé.

- Você me assustou. - Cai sentada. - Além do mais, acho que exagerei. - Respira com dificuldade.

- É o que dá não prestar atenção. - Coloca as mãos na cintura. - O que estava fazendo?

- Aumentando a força e resistência dos meus braços. - Cruza as pernas em borboleta. - Não faz mal melhorar essas coisas. - Lambe os lábios e começa a controlar a respiração.

- Claro que não. - Se inclina. - Mas por que aqui fora?

- Gosto de ar puro, também não queria quebrar nada lá dentro enquanto treinava meus ataques. - Levanta. - Mas por que você se importa? - Coloca a toalha no ombro.

- Não me importo.

- Então por que está fazendo tantas perguntas? - Cruza os braços e ele chega mais perto.

- Porque você me irrita. - A olha dos pés a cabeça. - Chegou aqui vindo sei lá de onde, se achando melhor do que todo mundo. - Minori ergue as duas sobrancelhas. - Não gosto de gente que tenta ser mais do que é.

- Nesse caso, você deve se odiar, não é?

- Como é?

- Eu não me acho melhor do que ninguém, Bakugo. - Chega mais perto dele. - Também não estou tentando ser, vim para essa escola para me tornar mais forte e mais capaz, agora, se você não sabe lidar com a concorrência, a culpa não é minha. - Ele fecha os punhos. - Além do mais, você não devia julgar os outros por si mesmo.

- Quanta condescendência. - Semicerra os olhos. - Quem você pensa que é? Nem se quer sabe o que está dizendo, esquisita!

- Sei que você é quem se acha melhor. - Aponta o dedo para ele. - Você pensa que ser o número 1 é deixar todos os outros para trás, mas isso não é verdade. - Balança a cabeça. - Com certeza não foi assim que o All Migth e a Metálica conseguiram.

- Você não sabe nada sobre mim.

- Talvez seja verdade. - Abaixa a cabeça. - Mas eu presto atenção em tudo, e percebi que você só liga para si mesmo. - O olha dos pés a cabeça. - Bakugo, você não é melhor do que nenhum de nós. - Coloca a mão no ombro dele, que imadiatamente abaixa a cabeça para encarar o gesto. - Entretanto, você tem muita sorte por estarmos numa escola.

- E por quê?

- Porque é em lugares como esse que aprendermos a ser melhores. - Se afasta. - Você é muito forte, inteligente, capaz e tem muito potencial. - Sorri. - Mas, tanta alto-confiança sem um pingo de humildade, é tão perigoso quanto uma arma.

- Está dizendo que eu não tenho humildade?

- Eu não, suas atitudes! - Aponta para ele que fecha os punhos com mais força. - Mas isso é irrelevante, porque nós humanos sempre podemos mudar. - Abre os braços. - Eu até gostaria que fôssemos amigos.

O retorno de Lemillion. BNHA.Onde histórias criam vida. Descubra agora