Cap. 38 - 𝐹𝑜𝑟𝑐̧𝑎 𝑑𝑜 𝐻𝑎́𝑏𝑖𝑡𝑜

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Acordo é estava deitada em minha cama, quente e macia. Percebo que não era pra estar ali, procuro pelo meu celular mas não o encontro. Olho as horas em um relógio de mesa.

3:16 da manhã.

Me levanto e sinto meu corpo pesado e dolorido, minha bunda doia, percebo então curativos em todo meu braço e pernas, olho no espelho e havia um roxo em meu rosto e um pequeno corte no pescoço. Me lembro do que havia acontecido, minhas pernas vacilam e caio no chão com um barulho estrondante.

Logo em seguida escuto a porta do quarto se abrir bruscamente e em defesa eu cubro a cabeça com os braços.

Sou retirada do chão gentilmente e colocada na cama.

- Ei, está tudo bem agora.

Era Felix. Retiro o braço da cabeça e pergunto confusa.

- O que você está fazendo aqui?

- Fiquei pra cuidar de você, por que?

- Deveria ter me levado ao hospital, não tem mais motivos pra se preocupar comigo. 

Respondo seca e me viro para o outro lado ficando de costas pra ele. Felix passa o braço por cima de mim e apoia a mão do meu lado, se curva olhando meu rosto.

- Daria mais trabalho explicar ao hospital o que houve, e as pessoas ficariam mais atrás de você.

Ele sorri fraternal.

Deito de frente pro teto novamente.

- Tanto faz, você não é um bom médico, minha cabeça ainda dói, e olha meu corpo, está todo machucado.

- Os cortes não foram profundos, logo irão cicratizar, caso deixe cicatriz...

Olho desesperada para ele.

- podemos usar maquiagem pra tampar, mas como eu falei, não eram fundos, irá melhorar rapidamente, sem cicatriz.

Ele sorri denovo e fica sério.

- Tenho uma pergunta, ele estrupou você?

Uma vertigem corre pelo meu corpo.

- Não... ele disse que me amava e que não iria me matar também.

Fico nervosa.

- Felix... por favor me diga que prenderam aquele homem...

Meus olhos se enchem de água.

- Sim, princesa. O Chan me ajudou a encontrar onde vocês estavam.

Cruzo a testa.

- Eu não sou sua princesa Felix.

- Desculpa, força do hábito.

Engulo em seco. Força do hábito uma ova, fazia 7 anos que eu não te via.

- Mas quem é Chan? Seu namorado?

- Ya! Você sabe que eu era completamente apaixonado em você! Como eu poderia virar gay do nada.

Ele diz sem perceber. Olho sem reação para ele.

- Não foi do nada. Teve 7 anos pra pensar.

- Ele é meu irmão mais velho.

- Você tem um irmão? Por que eu nunca soube?

- Bom... eu não me dava muito bem com ele antes, e ele tava estudando nos EUA, ele assumiu a delegacia da família.

- Ah sim, ele não deve ser frouxo igual o irmão então.

Felix apenas me observava, ele estava sem camisa, cabelo todo bagunçado, e pequenas olheiras se formavam em baixo de seus olhos, eu podia ver suas sardas.

Lee Felix - O Melhor Amigo do Meu Irmão Onde histórias criam vida. Descubra agora