Cap.2- 𝐹𝑜𝑖 𝑝𝑜𝑟 𝑝𝑜𝑢𝑐𝑜

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Estavamos ali parados sentados no chão fitando um ao outro enquanto os carros passavam na rua pouco centimetros da gente. Fiquei então observando os detalhes de seu rosto, tinha pequenas sardas nas bochechas e no nariz, tinha descendência coreana, isso eu tinha certeza já que eu possuo descendência japonesa e passei minha infância diferenciando-nos.

Tinha os cabelos pretos porém tingidos de loiro, até que combinava com ele. Seus olhos tinha demarcações precisas, pareciam com olhos de gatos, e então ele sorriu radiante com o sol se pondo atrás dele e eu voltei a realidade.

-Por que está me encarando assim? O que foi que aconteceu aqui? Em?

-Eu... eh... foi mal.

Ele se levantou e estendeu a mão para me ajudar a levantar, aceitei a ajuda e sai do chão.

- Aí, meu braço, cuidado.

- Ah. Me desculpe de novo. Vou te acompanhar até o posto de saúde.

Ele continuava me olhando quando abaixei e peguei minha bolsa no chão. Pude sentir seu olhar na minha nuca e perguntei sem olhar para trás.

- Pode parar de me olhar assim?

Ele se assustou e respondeu rápidamente.

- Ah sim, é só que você me parece muito com uma pessoa, até mesmo o sotaque.

- E...?

- Você não é daqui é?

Eu encarei seus olhos e ele sustentou meu olhar, abaixei então um pouco a cabeça e desculpe um pouco os óculos apoiando-o no meio do nariz.

- E você tem descendência coreana, não?

- Sim... mas o que tem a ver? Você não me parece japonesa de nascença.

Dei os ombros e olhei meu braço, estava todo machucado e vermelho. Ardia e estava dolorido.

- Não, eu não sou daqui, sou do Brasil.

- Brasil? Você é brasileira?

- É como nos chamam, não?

- É, acho que sim. Eu tenho um amigo brasileiro, faz faculdade comigo.

- Legal, mas você vai mesmo me levar no posto? Isto está doendo e eu não conheço a cidade muito ainda, e não pensei que precisaria de um médico tão cedo...

Falei já um pouco irritada e apontei para o meu braço, ele me fitou por uns segundos e então falou mais para ele do que para mim.

- Nossa, parecem até irmãos.

- Qu...

- Vamos, é por aqui.

Disse apontando para rua atrás da gente.
Fiz com que ele fosse na frente, para caso seja um paninho dele, estava com o celular na mão com o Google Maps aberto vendo se era verdade.

Uns 10 minutos depois chegamos no posto agradeci e falei que ele podia ir. Me chamaram e entrei na sala.

Passados uns 15 minutos a enfermeira já tinha cuidado do meu braço e eu estava saindo da sala, quando olhos pro lado e quase tenho um treco do coração.

- Eu falei que podia ir!

Ele estava parado encostado na parede de fora da sala e agora me encarando novamente.

- E que disse que eu estava esperando você? Acabei de sair da outra sala.

Disse mostrando seus machucado tampados por ataduras. Ele pigarreou e virou o corredor.

- Eu em, garoto doido.

Sai do corredor e ele estava lá parado de novo. Dei de costas para ele e sai do posto, estava subindo a rua para ir à principal quando ouço alguém me alcançando e caminhando do meu lado. Era ele.

- Bom... Vou só te levar até a principal, já fiz um transtorno para você hoje.

- Ainda bem que sabe.

Falei em um sussurro audível. Terminamos de subir a rua e chegamos a principal, Me virei para ele, agradeci e falei que agora ele podia realmente ir. Ele sorriu para mim e eu retribui brevemente. Me virei e acenei para um táxi, entrei assim que ele parou a minha frente. Fechei a porta e o carro se afastou, vi o garoto seguindo o carro com o olhar. Suspirei aliviada.

- Ufa, escapei por pouco. Quase que me apaixonei mano.

Dei meu endereço ao motorista e abri a janela comtenplando a vista da cidade, agora em um noite clara. Meus pensamentos foram para longe e mal percebo o carro parando em frente ao meu dormitório.

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𝔼𝕤𝕡𝕖𝕣𝕠 𝕢𝕦𝕖 𝕥𝕖𝕟𝕙𝕒 𝕘𝕠𝕤𝕥𝕒𝕕𝕠 𝕕𝕖𝕤𝕤𝕖 𝕔𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠! 😽❤️

Lee Felix - O Melhor Amigo do Meu Irmão Onde histórias criam vida. Descubra agora