Capítulo 18 - A Melhor Companhia

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Iminente:
que ameaça se concretizar, que está a ponto de acontecer; próximo, imediato.
Afoito: 1. .
que tem coragem, ousadia; destemido.
2.
que tem muita pressa, que se precipita; ansioso.

                              🐰
S/n:on
Nem quando o carro ia de um lado para o outro na estrada, me causou isso tudo, eu estava anestesiada pelo que ele disse, ele não quer se separar de mim! Mas quando ele parou o carro e desceu, quando eu vi ao redor, uma imensa floresta, tudo voltou, assim que ele desceu do carro o medo começou tomar conta de mim.
Desci do carro e abracei ele, estava tremendo e me sentia segura nos braços dele, queria ficar aqui para sempre! Ele me soltou e foi procurar sinal, aí tudo começou, eu não conseguia concentrar em ouvi mais nada. Comecei a sentir muita tontura e do nada meu coração começou a acelerar muito, as dores no peito, sensação de taquicardia, começou a dificuldade para respirar e muito medo de morrer. Meu coração acelerou muito e comecei a sentir uma sensação de morte iminente, a morte estava perto! Parecia que eu estava morrendo, pensei que fosse desmaiar.
Ele me sacudia, eu sentia suas mãos em meu braço, eu estava sem foco, começando a asfixiar, eu não estou conseguindo respirar direito e meu pulmão dói, dói muito!
- s/n? Você está com um ataque de pânico, respira, você tem que respirar... devagar, tem que respirar... devagar - eu perdia parte do que ele estava falando, eu sabia que tinha que manter a calma, mas não eu consigo, eu não consigo me acalmar - pelo amor de Deus s/n! - ele disse e segurou o meu rosto - S/N? - ele gritou, mas não fazia efeito, eu estou prestes a desmaiar e aí ele quebrou a distância entre nós, seus lábios colaram nos meus, em um beijo afoito e eu me agarrei a isso, segurou a minha nuca, me puxando mais para ele, colando nossos corpos.
Moveu seus lábios nos meus, eu abri um pouco dos meus lábios e ele adentrou a sua língua na minha boca, seu gosto misturando ao meu, sua língua quente misturada a minha. Eu arfei com o seu toque na minha cintura, agarrei seus cabelos macios e entrelaçando entre os meus dedos. Meu coração batendo forte e desesperado, mas dessa vez, ele não doeu e me sufocou, ele me deixou elétrica, uma eletricidade boa, como as borboletas no meu estômago, a falta de ar se fez presente e eu soltei seus lábios. Ele deixou uma mordiscada no meu lábio inferior e se afastou, deixando sua testa colada na minha, eu puxei o ar perfeitamente bem, pela primeira vez, desde o começo.
- o que foi isso? - eu perguntei, ainda com os nossos olhos fechados e com as testas coladas, uma na outra.
- eu..eu li em algum lugar, que você precisa prender a respiração e eu não pensei em mais nada, para você fazer isso, é isso... - ele disse e eu abri os olhos, ele ainda mantinha os olhos fechados e as mãos no meu pescoço.
- é, acho que funcionou! - eu disse e tentei sorrir, meio corada pelo recente beijo - então... - eu mordi o lábio e desviei o olhar - você achou sinal? - eu perguntei e ele negou, coçando a nuca, também corado.
- não, a gente vai ter que esperar alguém passar por aqui e nos ajudar - ele olhou para mim, eu estava meio aflita - você tem medo de escuro? - eu neguei, meu ataque de pânico, não é devido a escuro.
- eu tenho medo da floresta! - foi a primeira pessoa, que eu comentei sobre isso, nunca me senti confortável em dizer isso em voz alta, mas me deu uma vontade de contar para ele.
Ele abriu a porta do carro e me mandou entrar, eu entrei e ele entrou em seguida, deitou o banco e fechou todas as janelas, deixando tudo escuro e sem visão para o lado de fora.
- quer me contar? - ele se deitou no banco de trás e me puxou para deitar em seu peito, eu mordi o meu lábio e me aconcheguei mais.
- eu sempre morei na cidade com os meus pais, mas como os seus, os meus também tinham uma casa na roça - eu me lembro perfeitamente de lá - era grande e bem espaçosa, além de ter uma enorme floresta como quintal, como eu era pequena, a minha mãe e o meu pai dizia muito sobre aquela floresta, acho que eles não queriam que eu entrasse nela... - dei de ombros, os pais sempre inventam bichos e monstros para as crianças não irem ou fazerem o que eles não querem - eles diziam ter monstros e bichos ferozes na floresta, que me comeriam, eu acreditava, mas não tinha medo, mas... - eu parei e franzi a testa.
- mas...? - ele me incentivou, sem ser rude, ele só queria ouvir e eu contei.
- eu tinha um cachorro, o nome dele era Luke, ele era meu fiel amigo! Estava sempre comigo, e quando fomos de férias para a casa, não foi diferente, ele foi com a gente, passamos o feriado juntos e no último dia, alguém deixou a porta aberta e ele saiu, procuramos ele em todo lugar e não achamos... - mas eu tinha um segredo e ninguém sabia disso - eu sempre saía e entrava na floresta, meus pais não sabiam disso, como sempre, eu saí e fui atrás dele na floresta, talvez ele estivesse perdido, mas aí eu o encontrei, ele estava todo machucado, na verdade, ele estava dilacerado, foi um choque muito grande para mim... - eu me lembro de começar a sentir a sensação de medo e a morte se aproximando, era desesperador para mim - eu comecei a chorar e desesperar e aí começou, eu entendia que o que os meus pais diziam era verdade, eram os monstros e os bichos que eles diziam, eu tive o meu primeiro ataque de pânico naquele dia, quando os meus pais me achou, eu estava quase desfalecendo, fui levada ao médico, eles fizeram exames e logo, eles descobriram o que eu tive, um ataque! - eu suspirei e ele começou a fazer carinho no meu braço com uma mão, ele me abraçava de lado e segurava a minha mão em cima do seu peito com a outra.
- mas isso não parou? - eu neguei, parece que até hoje, isso ainda me persegue.
- não, toda vez que eu vejo uma floresta, meu cérebro revive e eu tenho esses ataques, mesmo eu sabendo que não existe e que aquilo, provavelmente foi um coiote ou um lobo, mas é psicológico, então... - ele continuou fazendo o carinho no meu braço.
- mas se você não ver, tudo bem né? - eu levantei a cabeça e olhei para ele.
- o que os olhos não vê, o coração não sente! - eu disse e ele deu uma risada e deitou a minha cabeça em seu peito novamente, sentia seu coração empurrar a minha bochecha, mas eu não achava nada ruim, eu estava no céu.
- então se esconde aí, uma hora a gente consegue ajuda! - ele disse e eu me aconcheguei mais, ele continuou a fazer carinho e logo eu apaguei, ele eu não sei, mas foi com certeza, a melhor companhia para uma noite em minha vida!



Continua............



Eu amo essa pinta, meu Jesus amado 🤤💕
Até a pinta, é parecida com o Nam 🤭 💕 a inspiração dele, arrisco dizer que é praticamente um pai para ele 💕❣️ amo demais 💕

❣️

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