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Tenha uma boa leitura!! 📚
______Sempre considerei divertido almoçar na casa dos pais do Sam — até hoje. Com Benjamim por perto, acabei tendo a certeza de que ele tem o poder de dissipar qualquer energia boa. Sam também não parece estar muito confortável, considerando que está mais calado do que de costume. Heitor e Bruna são as pessoas mais receptivas que conheço, eles são os únicos que não demonstram se abalar com o clima quase fúnebre entre os dois caras da direita, talvez seja porque estão acostumados, Samuel e Benjamim não têm uma relação muito boa, aliás, sendo tão emburrado assim, fica difícil ter qualquer tipo de envolvimento amistoso com Benjamim.
Depois do almoço, Sam me puxou para a área da piscina, talvez essa seja a minha segunda parte favorita da casa; a primeira é o jardim — claro —, mas não posso negar que todo o resto é lindo também. Sam atira a camiseta em meu rosto e pula na piscina, despertando-me dos pensamentos.
— Você não vem?
Sam retira o excesso de água dos seus cabelos, com um amplo sorriso preso no rosto. Lembro-me de quando o vi pela primeira vez, ele era o garoto mais bonito de todo o colégio, e sabia muito bem disso, nunca tivemos nada, mas às vezes tenho a impressão de que eu poderia me apaixonar facilmente se ele tivesse dado alguma brecha. Agora, somos melhores amigos, quase irmãos. Jamais daria certo.
Minha resposta foi retirar o vestido de pregas e atirá-lo em qualquer lugar, antes de pular também. Sam se afasta ao sentir os respingos em seu belo rosto.
— Aposto que você não consegue ficar mais tempo que eu debaixo da água!!
— Quantos anos você tem? Seis? — desdenha, cruzando os braços.
— Não, mas se tivesse, ainda assim, ganharia de você!
Balançando a cabeça para os lados, ao mesmo tempo que um sorrisinho travesso brinca em seus lábios, Sam avança até mim, que tento nadar o mais rápido possível para fugir dele. Não demora muito e ele já está me erguendo em seus braços, enquanto alguns gritos estridentes escapam de mim.
— O que você ganharia mesmo, Júlia? — pergunta de maneira irritante, soltando-me, finalmente. — Você não aguenta nada, não tem nem tamanho!!
Jogo água em seu rosto, mostrando a língua, exatamente como uma criança faria. E com isso, só consigo contemplar seu sacudir de ombros ao explodir em gargalhadas. Meus olhos se perdem na janela de um dos quartos do andar de cima, uma sombra atrás de cortinas brancas, chama a minha atenção.
— O que foi? — Sam franze o cenho e se vira para acompanhar minha visão.
O dono da sombra parece se dar conta de que foi pego, e some logo em seguida. Posso ver Sam enrijecer a minha frente.
— Talvez seja hora de voltarmos, Júlia!
Sem me dar explicações, ele nada até a borda. Fica cada vez mais claro para mim que a volta de Benjamim não foi assim tão saudável para todos. Samuel carrega um certo rancor que ainda não entendo totalmente, talvez um dia ele me explique e, por mais que eu queira saber, jamais me atreveria a pressioná-lo a respeito.
(...)
Depois de várias vezes me deparar com um 'não', percebi que precisarei agir como se eles nunca tivessem existido, ou seja, não vou me dar por vencida. Amarro os laços do avental de desenhos de corações, ganhei da minha mãe quando fiz dezesseis anos, sempre gostei de cozinhar e ela sempre me apoiava, mesmo depois de quebrar vários utensílios que ela tanto gostava.
— Está sorrindo como se tivesse encontrado os ursinhos carinhosos — Sam beija minha bochecha. — Bom dia!!
Ele já está todo arrumado para mais um dia de aula, a quantidade de perfume que ele usa, quase danifica minhas narinas, mas não adianta, Sam está sempre borrifando aquela coisa no ar e entrando debaixo dos respingos, uma cena bem cômica e esquisita, devo dizer.
— Bom dia! Estava me lembrando das coisas que aprontava na cozinha da minha mãe — Sorrio. —, lembro de uma vez ter quebrado dois ovos fora da vasilha, depois liguei a batedeira e a cozinha ficou cheia de farinha. Foi horrível, era a minha primeira vez tentando fazer um bolo, minha mãe não estava em casa, mas chegou na hora certa para me pegar no flagra.
— Tinha quantos anos? — pergunta enquanto bebe um gole do seu leite.
— Acho que onze — Ergo os ombros. —, depois disso não parei.
— E agora faz coisas maravilhosas. Espera só até o mundo te descobrir, Jú, vão te reverenciar feito uma rainha!!
— Gostei disso! Adoro a forma como você coloca meus pés no chão. — Sam ri do meu sarcasmo. — Devo te esperar para o almoço?
Ele faz uma careta enquanto nega.
— Tenho trabalho, vou passar na biblioteca com o meu grupo, chegarei mais tarde. Tudo bem?
— Vou sobreviver! — Ajeito a gola da sua camisa e apoio minhas mãos em seus ombros. — Posso levar um lanche pra você, se quiser!!
Sam pensa um bocado, depois analisa todos os ingredientes espalhados pela mesa.
— Não será necessário, além do mais, você parece bastante ocupada, provavelmente o dia será longo. — Com carinho, ele beija minha testa. — Se precisar de qualquer coisa é só mandar mensagem...boa sorte, Júlia, vai dar tudo certo.
— Obrigada, Sam. Tenha uma boa aula.
Ele pisca para mim antes de abrir a porta e apanhar a mochila.
— É o que eu espero!!
Às vezes tenho a impressão de que Sam não faz o que realmente gosta, nunca conversamos abertamente sobre isso, mas não vejo muita empolgação em seus olhos quando menciona o que faz. Deve ser difícil fazer parte de uma família com alma para os negócios, porque, de certa maneira, os pais sempre esperam que os filhos sigam os mesmos caminhos, talvez Sam se sinta pressionado com isso, embora eu não consiga sequer imaginar que Heitor, de alguma maneira, obrigaria seus filhos a fazerem qualquer coisa que apenas ele queira.
Eu, por outro lado, continuo insistindo no que gosto, mesmo depois de ter tido motivos suficientes para desistir. Meu pai sempre me diz que sou teimosa demais, parece que ele tem razão.
Volto a sorrir sozinha.
— Hora de colocar a mão na massa, Júlia. Literalmente!!
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Pensando em voltar ainda hoje com o capítulo 6, porém, gostaria de ter o apoio de vocês em relação aos votos, pois ajuda a compreender quantas impressões positivas o livro vem recebendo.
De qualquer maneira, estarei toda a semana aqui, e quando o livro passar por uma revisão, prometo aumentar os dias de postagens. 😉
Obrigada por ler❤️
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Minha Doce Conquista
RomantikBenjamim é um homem marcado pelo seu passado doloroso, algo que ele guarda para si, dentro da grande geleira que cobre seu coração. Júlia, a moça doce e sonhadora, sente-se atraída em desvendar o segredo por detrás da frieza do irmão do seu...