CAPÍTULO 33

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        Acordei sentindo o sol quente em meus pés, e me sentei no sofá, sentindo uma dor quase absurda nos ombros e pescoço. Meus olhos estavam mais pesados, provavelmente inchados demais depois de derramar tantas lágrimas. A noite anterior veio como um soco no nariz, e a vergonha por ter beijado Benjamim, achando que podia, me tomou por inteira.

Acontece que ainda não compreendi nada do que ele quis me expressar, por alguns segundos pensei que ele queria o beijo tanto quanto eu, mas depois, ao vê-lo partir, percebi que não. Afinal, quem gosta de um beijo e depois sai dizendo que sente muito? Ótimo, tinha mesmo que acontecer logo comigo. Pela primeira vez tomei a iniciativa com um homem e, além de ser demais para mim, ainda tinha algum tipo de comprometimento com uma tal Aurora.

Parabéns, Júlia!!

Jogo meu corpo para trás e aperto a almofada em meu rosto, sufocando o grito estridente que desejava tanto soltar.

Meus pais virão para a minha casa, e infelizmente eu precisarei fingir que tudo está maravilhoso, além de ter que me maquiar bastante para esconder as olheiras, caso contrário, minha mãe vai surtar se me vir triste, vai logo pensar que estou passando por dificuldades.

Arrumei a casa ao som de uma playlist nova com músicas sobre decepções amorosas, eu estava indo bem com essa coisa de rejeição — bem mal!

Pouco antes de meio-dia, eles chegaram. Dei um abraço forte nos dois e me dei conta de que era o que eu realmente precisava, sentir que sou amada por quem amo, isso não tem preço. Minha mãe quis fazer o almoço, ajudei no que pude enquanto conversávamos sobre a minha vida, todas as mudanças e a última novidade.

Meu pai me olhou surpreso, depois preocupado e depois me parabenizou e desejou que tudo desse certo. Minha mãe paralisou por quase um minuto cheio, mas depois, com lágrimas nos olhos, voltou a me abraçar e disse que estava orgulhosa. Eu me senti bem e feliz.

— Talvez seja certo marcarmos um jantar com toda a família Fontana, não posso negar que eles são pessoas maravilhosas, te ajudaram tanto. Eu queria poder ter feito mais por você, filha, e sinto muito por não ter feito, mas eu quero te ajudar em tudo o que for preciso, está bem?

Ela toca minha mão ao se sentar do meu lado.

— O jantar parece uma boa ideia, podemos marcar, eles ficarão felizes! — Sorrio. — A senhora já fez muito por mim em todos esses anos, vocês me criaram da melhor forma possível, passando por cima de dificuldades para poder me ver bem. Eu sou mais do que grata por tudo.

Algumas lágrimas brotaram em meus olhos e eu não pude segurar, fiquei emotiva demais depois de ontem e quase nem me reconheço. Meus pais me olham meio confusos pelo meu comportamento, mas não dizem nada sobre isso.

— O que achou da vizinhança? — meu pai perguntou enquanto me via secar o rosto.

— É uma rua um tanto perigosa, não acha? — É a vez da minha mãe demonstrar a preocupação dela.

Minha Doce ConquistaOnde histórias criam vida. Descubra agora