CAPÍTULO 28

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_____Peço desculpas pelo horário, mas desejo a todos uma boa leitura! 📚_____

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Peço desculpas pelo horário, mas desejo a todos uma boa leitura! 📚
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        Nesta data e hora, há dez anos, um homem qualquer que hoje vive em liberdade, tirou de mim a possibilidade de viver em paz. Foi rápido e muito doloroso o estrago que ele causou naquele momento, eu não estava presente e no fundo gostaria que sim. Eu não teria sobrevivido, como ela também não sobreviveu. Era aniversário da Raissa, nós iriamos passar o dia juntos e comemorar com um piquenique no parque, depois aconteceria uma festa surpresa que pedi aos meus pais que me ajudassem. Eu era jovem, e ela ainda mais, Raissa completara vinte e um anos, era cheia de saúde, era alegre, carismática, e eu a amava. Fomos o primeiro amor um do outro, nós nos conhecemos no colégio, namoramos durante o ensino médio e planejamos uma vida inteira juntos, mas os nossos inteiros não possuíam nem metade da mesma duração.

Passei a desacreditar de tudo o que diziam haver de bonito no universo, meus dias não faziam diferença, a aparição do sol nem me era mais importante, eu só queria me fechar e não precisar encarar mais nada nem ninguém. Meu processo de evolução foi bem lento e nem fez tanta diferença, mas considero que agora estou mais conformado, porque decidi que não faria minha família sofrer mais do que já fiz, agora eu quero reestabelecer a conexão que tinha com Sam, mas parece que vai levar ainda mais tempo do que imaginei, no entanto, não quero e nem vou desistir disso.

Cada passo que dou por entre as pedras frias, meu coração aumenta o seu ritmo. Os pingos de chuva caem sobre a proteção de plástico transparente acima da minha cabeça, causando um barulho quase penetrante na alma. Em minhas mãos, carrego flores, um buquê, rosas vermelhas, eram as preferidas dela e eu jamais esqueci. Seria maravilhoso poder ver a alegria ao recebê-las, e se eu soubesse teria guardado em minha mente cada traço dela na última vez em que pude presenteá-la.

Abaixei-me diante da placa de concreto, aquela que carrega o seu nome e uma mensagem sentimental da família. É impossível não sentir a saudade me sufocando, por isso relutei tanto em voltar. Eu sabia que viveria outra vez a dor tremenda de não poder mudar o que aconteceu naquele dia horrível, e isso é o que mais me atormenta.

As lágrimas escorrem pelos meus olhos sem que eu tenha controle, e eu deixo as flores sobre o gramado antes de colocar meus dedos pelas letras brilhantes.

Eu sinto sua falta.

Alguns passos lentos atrás de mim me fazem despertar e secar o rosto ao me levantar. Uma senhora de roupas escuras, cabelos brancos e presos por um coque elegante, encara a mim. Seus olhos estão marejados como os meus e, inesperadamente, ela se aproxima, estendendo os braços para mim, num convite que há muito tempo não experimentava.

— Não esperava encontrá-lo aqui, Ben! — Ela diz enquanto acaricia minhas costas por cima do casaco. — Quando voltou?

Ela se afasta, mas segura minha mão de maneira tranquila.

Minha Doce ConquistaOnde histórias criam vida. Descubra agora