CAPÍTULO 6

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____Voltei com mais um capítulo porque não resisti🤭Tenha uma boa leitura!! 📚____

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Voltei com mais um capítulo porque não resisti🤭
Tenha uma boa leitura!! 📚
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        Uma forte tempestade lá fora e eu aqui, olhando para o teto, na esperança de que a energia elétrica volte antes do dilúvio. Minha impaciência chega a ser palpável, e não recomendo ficar perto de mim durante esse momento específico, se eu pudesse, também fugiria para bem longe. Os raios iluminam boa parte da sala em suas aparições repentinas, os trovões fazem a mesa estremecer levemente, sinto a vibração enquanto tamborilo meus dedos sobre ela

De repente, tudo me sufoca, retiro o paletó e a gravata, como se de alguma forma as duas peças pudessem acabar comigo em instantes. Detesto ficar parado e detesto o escuro, aliás, tenho uma lista grande de coisas que me irritam, mas também não tenho paciência para fazer uma lista.

Por que estou pensando em listas? 

— Que se dane a tempestade, eu preciso sair daqui!!

Junto minhas coisas que estão espalhadas para todos os lados, mas não antes de esbarrar duas vezes na maldita mesa. Praguejo alto o suficiente para encobrir o ruído forte do trovão, se minha mãe estivesse aqui, provavelmente brigaria comigo pela atitude, porém, aproveito que ela não está, para despejar todos os palavrões possíveis, na tentativa frustrante de me acalmar um pouco.

Sem sucesso!!

Alguns funcionários me olham confusos enquanto ando apressadamente em direção às escadas, a parte boa de parecer uma pessoa ruim, é que ninguém ousa cruzar o seu caminho quando não se tem um sorriso a oferecer. Desço até chegar no estacionamento coberto, a maioria do pessoal já foi embora, inclusive meu pai, acabo de perceber que passar do horário nem sempre é uma boa ideia.

Fica difícil de enxergar alguma coisa na estrada, diminuo a velocidade, tentando não perder o controle da direção. O para-brisa trabalha fielmente contra a chuva torrencial do lado de fora, não foi exatamente uma boa ideia sair da empresa — ótimo, estou ainda mais estressado que antes —, só que, agora, a diferença é que não posso tomar outra decisão, a não ser seguir em frente. Ligo o ar frio e surpreendentemente ele me deixa menos agitado, não sei que sentido isso faz, mas parece que encontrei uma forma de não surtar completamente, inspirando e expirando devagar. A chuva parece diminuir, mas não vai embora, pelo menos agora consigo enxergar quantos carros estão à minha frente, e, principalmente, quando e onde devo parar no farol vermelho.

Observo algumas pessoas na rua, a maioria dentro das lojas, fugindo da tempestade, só um guarda-chuva muito bom poderia ser capaz de enfrentar toda aquela ventania. Porém, há uma garota que não pensa como os outros, vem andando apressadamente, segurando uma caixa branca nas mãos, como se aquilo fosse tudo o que ela tem. Eu a observo pelo retrovisor, chegando cada vez mais perto. Reconheço o seu rosto, é a "imaculada" Júlia, namorada do meu irmão e o ser preferido de todas as pessoas que me cercam. Fico intrigado com a sua insistência — ou talvez burrice— em caminhar na chuva sem nem sequer usar uma proteção, nem mesmo uma capa. Encaro o farol à minha frente, parece que ele vai demorar a me liberar daqui. Júlia continua caminhando, os cabelos grudados no rosto fino, o nariz com a ponta avermelhada e as roupas encharcadas, possivelmente mais pesadas do que ela.

Minha Doce ConquistaOnde histórias criam vida. Descubra agora