CAPÍTULO 9

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        O som dos saltos no piso frio, ecoa pelo corredor vazio. O último andar do prédio é o mais silencioso de todos, o que me faz andar calmamente como se pudesse de alguma maneira despertar uma fera com meus barulhos. Deixo duas batidinhas na porta antes de Samuel dizer: "entre" e praticamente me jogo em sua cadeira macia e giratória, causando no meu amigo alguns risos. Passo aqui todos os dias para esperá-lo até que possa descer para almoçar.

— Só mais dois minutinhos, Júlia!! — Sam avisa enquanto digita algo no notebook.

— Fique à vontade, chefe!!

Seus olhos se erguem para mim, rapidamente.

— Chefe? — Observo atentamente suas sobrancelhas levantadas.

— Sim, o que acha disso?

— Acho estranho! — Ele coça a nuca, pensativo. — Não sou seu chefe, Júlia.

— Bom, até onde sei, a empresa é da família...

— Hm...tem razão, me chame de chefe. — Cruzo os braços bem diante da sua visão, enquanto Sam apenas recosta na cadeira e sorri amplamente. — Enquanto estiver aqui, posso mandar e desmandar em você, isso vai ser tão divertido e prazeroso!!

Sam dá um sobressalto quando atiro o grampeador em seu peito, mas não é o suficiente para dissipar toda a sua empolgação com o assunto.

— Isso aqui — Ele balança o objeto que acaba de pegar. —, se chama agressão, como seu chefe, eu preciso te demitir por justa causa!

— Você é meu chefe, mas não pode me demitir, seu pai, que por um acaso bem interessante é o seu chefe, gosta muito de mim. — Balanço os ombros.

— Isso porque ele não mora com você. — rebateu, levantando-se para retirar o paletó.

— Aposto que ele adoraria me ter como filha.

— Eu não teria muita certeza, além de bagunceira é tagarela demais, o filho perfeito precisa pelo menos se igualar ao idiota do meu irmão. — Sam revira os olhos. — Vou usar o banheiro e já volto.

Sam entra pela porta que fica no canto esquerdo da sua sala, e me deixa pensativa demais depois das suas palavras. Sempre achei que os irmãos mais velhos fossem como uma inspiração ou fossem admiráveis aos olhos dos mais novos, mas comecei a duvidar disso depois que conheci Samuel. Nunca ouvi nenhum elogio a respeito do irmão, e isso me deixa cada vez mais curiosa.

Recosto na cadeira e, causando impulso com os pés, começo a girar, sempre fazia isso quando criança, bastava encontrar uma cadeira giratória que ela se tornava minha diversão. Sorrio ao lembrar de alguns momentos bons da infância, mas tudo fica constrangedor quando alguém abre a porta.

Minha Doce ConquistaOnde histórias criam vida. Descubra agora