CAPÍTULO 25

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_____⭐⭐⭐Tenha uma boa leitura! 📚_____

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Tenha uma boa leitura! 📚
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        Percebendo a impaciência de Sam e a tristeza nos olhos de Benjamim, sinto um terrível sentimento de culpa, eu insisti para que o encontro acontecesse e agora parece tão errado. Gael me olha com uma certa confusão presa em seu rosto, apenas suspirei baixinho e balancei a cabeça para os lados, é o suficiente para que ele tenha certeza de que não deu certo o que achamos que daria.

Depois do almoço, o pessoal se reuniu na piscina, todos animados com o som ligado no último volume, no entanto percebi que faltava alguém, e foi quando o encontrei, caminhando lentamente para os pomares. Dei uma rápida conferida ao redor, certificando que não havia ninguém de olho em mim, e segui o mesmo caminho que Benjamim. Não pude evitar sentir um frio nas entranhas, nem as pernas amolecidas e mãos trêmulas, é uma sensação esquisita, mas ainda não me faz querer recuar, como se eu realmente precisasse ir até ele. Ainda é muito confuso para entender e talvez nunca faça sentido.

Ele anda lentamente, observando os próprios pés sobre o chão de terra, provavelmente pensando sobre a vida e o que acabou de ocorrer. Acho que compreendo um pouco da sua amargura, e ela se dá ao fato de também não poder estar com quem deseja e ama, isso explica muitas coisas; atitudes e barreiras que constrói quando está diante de alguém.

O som dos meus pés sobre as pedras o faz parar, e como se nossos movimentos estivessem em sincronia, paralisei no mesmo lugar.

— Por que está me seguindo?

Benjamim não faz o mínimo esforço para se virar, como se não precisasse comprovar quem está atrás dele.

— Não estou. — respondo baixinho.

— Júlia, eu não quero conversar agora, está bem? — Seu pedido me deixa surpresa, ainda mais notando a tranquilidade em sua voz.

— Eu não ia conversar — Caminhei até ele para poder enxergar seu rosto. — Posso ser uma companhia silenciosa. — Benjamim me olha, desacreditado com minhas palavras. — É sério!

— Se conseguir manter silêncio até chegarmos lá na frente — Ele aponta para o muro alto, com um pequeno portão de ferro que dá para a rua. — Então, tudo bem!

Seus olhos azuis fitam meu rosto, esperando de mim uma resposta, mas estou perdida demais com essa versão pacífica de Benjamim

— Eu posso fazer isso. — digo, convicta.

— Não acredito, mas vou arriscar. — respondeu, voltando a caminhar lentamente, agora comigo ao lado.

Confesso que é um tanto difícil, minha língua geralmente age antes do cérebro e por isso é complicado segurar meus impulsos, porém, diante da situação que estamos, prefiro manter minha palavra. Devo ser mais forte do que isso. Bom, pelo menos deveria.

Prometi não falar, mas não disse nada a respeito de observá-lo. Os minutos vão passando, confesso que é bem esquisito ficar nesse silencio, só que devo ser a única a pensar assim. Benjamim está distraído, olhando para o céu e depois para frente, ele suspira algumas vezes, mexe no relógio de pulso, guarda as mãos nos bolsos da calça e alisa a barba rala por cima do queixo.

Minha Doce ConquistaOnde histórias criam vida. Descubra agora