Benjamim é um homem marcado pelo seu passado doloroso, algo que ele guarda para si, dentro da grande geleira que cobre seu coração.
Júlia, a moça doce e sonhadora, sente-se atraída em desvendar o segredo por detrás da frieza do irmão do seu...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
____ ⭐⭐⭐ Tenha uma boa leitura! 📚 ____
Tive um dia estranho, o convite foi inesperado, mas não nego que foi bom, estava difícil dividir o espaço com a Clarissa naquela mesa minúscula. Passamos uma parte da manhã e da tarde num clima mais pacífico, no entanto, quando tive a brilhante — ou não tão brilhante — ideia de agradecer sua repentina bondade, dando-lhe um dos cupcakes que havia levado para comer durante a tarde, meu gesto não foi aceito e isso mexeu um pouco com meu humor, ninguém nunca havia negado um doce meu.
O que Benjamim me disse ficou sobre a minha cabeça durante o restante do nosso dia, e agora, mesmo depois de chegar em casa e tentar me distrair com um filme, não consigo parar de pensar no que ele disse sobre nunca se apaixonar. Fiquei triste por ele, parece ruim ter que se limitar a coisas boas da vida, ou talvez seja só medo. Mas por quê? Continuo achando que nunca conseguirei entendê-lo completamente.
Sam aparece na sala com um sorriso amplo e uma caixa de pizza, o cheiro invade o lugar e faz meu estomago roncar.
— Chegou em uma boa hora!! — eu digo, afastando o vasinho de flor da mesa de centro, para abrir um pouco mais de espaço.
Sam se joga ao meu lado assim que pega uma fatia gordurosa cheia de muçarela, eu repito seu gesto, totalmente satisfeita com a nossa refeição de hoje.
— Sabe que faz muito tempo que não como pizza sem um garfo e faca?
— Assim é muito melhor...
— E o que a gente faz com a mão suja? — Sam de repente pareceu preocupado, e me fez rir.
— Tem guardanapo de papel lá na cozinha, mas se você quiser esfregar uma mão na outra, também funciona.
— Acho que eu prefiro o guardanapo. — respondeu apressadamente.
— Pessoas ricas e educadas são a coisa mais fofinha desse mundo. — provoquei, recebendo uma careta engraçada. — Sério, qualquer dia vou pedir pra você me ensinar, pra quando eu for rica também.
— Não enche, Júlia!! — gritou da cozinha.
— Alguns nem são tão educados assim. — murmurei, sabendo que ele me ouve agora que está mais perto.
— Só com quem realmente merece. — rebateu com um ar de riso.
— Ai! — Faço drama colocando a mão no peito.
— Você realmente gosta de pizza?
— Sim, é uma delícia!
— É uma delícia mesmo, e acho que vamos comer mais pizza. Toda semana... talvez umas duas ou três vezes, quem sabe?!
— Por que isso agora? — Estranho sua atitude.
— Porque pizza é muito bom, especialmente dessa pizzaria!! — Apontou para a caixa, sorrindo abertamente.
