CAPÍTULO 12

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        Todas as vezes que vi Júlia durante a semana, ela me encarou como se fosse cuspir fogo ou quisesse me triturar, eu sabia que ninguém no mundo seria tão paciente a ponto de nunca se estressar com nada, aliás, tenho a sensação de que se eu a irritasse mais um pouco, estaria perto de vê-la surtar completamente, então a máscara de menina boazinha e amorosa começaria a cair.

Se Sam me desse a oportunidade de me aproximar, eu o alertaria, afinal, se ele pretende dar mais um passo importante nessa relação, precisa saber com quem realmente está lidando. Não é apenas um sorriso de uma moça de aparência boa, que mantém uma convivência agradável entre um casal. Talvez ele a ame, mas nem sempre isso é o suficiente.

Amor.

Uma pequena palavra que transforma a sua vida de uma hora para a outra, e em conjunto com o destino, são os mais traiçoeiros, daqueles que te colocam nas nuvens para só depois de se acostumar ali, te jogarem no mais profundo abismo de dor.

Foi o que aprendi, na prática, e é o que me acompanha até hoje. Nunca mais passarei por isso, esse foi o meu juramento: "nunca mais me apaixonar". Eu seria incapaz de passar por tudo de novo, incapaz de amar alguém tanto quanto a amei.

Algumas batidas na porta me despertam.

— Entre!

Devagar, Júlia se aproxima, com duas pastas azuis nas mãos. Estranho vê-la trabalhando aqui em cima. Sempre quando sobe, é para ver meu irmão ou descansar na salinha, coisa que ultimamente ela não tem feito. Sei disso porque estive lá algumas vezes e não a vi, talvez esteja tentando manter distância de mim, típica atitude de uma pessoa suspeita.

— Seu pai me pediu para entregar! — ela diz, chegando mais perto.

— Obrigado, pode deixar na mesa. — Permaneço com os olhos presos na tela do notebook, mas sei, mesmo assim, que minha atitude a incomoda.

— Vou trabalhar aqui em cima hoje, a assistente do seu pai não pôde vir, se precisar de alguma coisa...

— Não preciso, mas agradeço.

Ela fica ali, como uma estátua, conseguindo minha atenção depois das poucas palavras que trocamos. Júlia cruza os braços e analisa meu rosto como se estivesse presa em seus pensamentos, uma atitude desagradável, devo dizer.

— Vai ficar parada aí?

— Não precisa, ou não confia em mim para ajudá-lo? — Sem minha permissão, ela se senta à minha frente, apoiando as mãos na mesa que nos separa.

— Talvez os dois!

— Por acaso você confia em alguém? — Júlia solta as palavras depressa e só depois se dá conta, colocando as mãos sobre a boca, condenando a si mesma. — Acho que é melhor eu sair!!

Minha Doce ConquistaOnde histórias criam vida. Descubra agora