CAPÍTULO 14

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____⭐⭐⭐Tenha uma boa leitura! 📚____

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Tenha uma boa leitura! 📚
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        Convicto de que ainda conseguirei abrir os olhosdas pessoas que estão ao meu redor, observo atentamente os pequenos gestos de Júlia. Em minha opinião, não há nada de interessante ou surpreendente em seus movimentos, e mesmo que seja tedioso, no meu íntimo consigo sentir que existe ali, por detrás da fantasia de garota tola, alguém que está prestes a bagunçar nossas vidas.

Confesso que é a primeira vez que me sinto assim com uma pessoa, nunca fui sensitivo ou qualquer coisa ligada a isso, mas o que tem aqui dentro é muito mais forte do que eu, sigo confiando que ela é, definitivamente, a personificação da desordem.

Diversas vezes seguidas, Júlia ajeitou alguns fios do seu cabelo castanho, ela tem uma pulseira com pequenos pingentes que balançam de acordo com os movimentos que faz. Fico intrigado ao vê-la separar os milhos da salada que está em seu prato. Como alguém pode não gostar de milhos? Bom, de qualquer maneira, não acredito que isso precise merecer a minha atenção.

Enquanto meu pai comenta com Sam sobre o jogo de futebol da última quarta-feira, Júlia me encara rapidamente, crispando os olhos sobre o meu rosto, e eu repito o seu gesto, antes de voltar a me concentrar na comida.

Depois do jantar, Sam se levantou dizendo que os dois precisavam ir, estava ficando tarde e tinham que caminhar até o prédio. Júlia também se levantou, ainda com o sorriso de sempre no rosto, um dos pontos que mais me perturbam.

— Que tal dormirem aqui esta noite?

Nossa mãe sugere, espantando a mim e aos dois que estão de pé.

— Mãe, moramos praticamente aqui do lado, com binóculos você consegue enxergar até o meu quarto! — meu irmão respondeu.

— E eu não tenho roupas, então...

— Não há problemas, eu lhe empresto... Por favor, Sam? — Dona Bruna utiliza o seu charme e drama, com os olhos brilhantes e pidões.

— Mãe...

— Ótimo!! Amanhã vocês não trabalham, mesmo. — ela diz, interrompendo Samuel, sem se importar com a atitude.

No sofá, ao lado dela, meu pai aperta os lábios na tentativa de prender o riso, ele sabe que no fundo os dois jamais conseguiriam escapar de um pedido desses, ainda mais quando se entende que não é apenas um convite.

Maravilha, como se não bastasse a visita que se estendeu até a noite, agora precisaremos ficar debaixo do mesmo teto até Deus sabe que horas do dia de amanhã.

As duas mulheres subiram para o andar de cima, e eu fui até a cozinha pegar um copo d'água, enquanto meu pai ligou a TV, colocando num canal de notícias. Uma onda de tragédias é exposta, as pessoas nunca aprendem, são sempre capazes de superar as atrocidades feitas por outras. Lamentável e repugnante demais.

Minha Doce ConquistaOnde histórias criam vida. Descubra agora