CAPÍTULO 29

573 74 17
                                    

____⭐⭐⭐Tenha uma boa leitura! 📚____

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

____
⭐⭐⭐
Tenha uma boa leitura! 📚
____

        O vento forte traz algumas gotas de chuva para o meu rosto, e nem a proteção do ponto de ônibus é capaz de me salvar dos pingos gelados.

Sam insistiu em me levar para casa, mas eu sabia que o atrasaria para a aula se fizesse isso, a verdade é que agora moramos longe um do outro e em caminhos opostos, portanto não posso, e nem vou, deixar que ele carregue esse fardo

Balanço meus pés no ritmo da música que ouço baixinho em meus fones de ouvido, absorta a qualquer acontecimento desinteressante da avenida. Um carro escuro para à minha frente, com os faróis acesos e o vidro automático se abrindo lentamente. Primeiro vejo os cabelos alinhados demais, depois os olhos, o nariz e a boca; é Benjamim. No fundo já desconfiava, deve ser por causa dos cabelos.

— Quer uma carona? — oferece, dividindo seu olhar entre a rua e eu.

— Não precisa, meu ônibus já está vindo.

Ele se estica lá dentro e estende o braço para abrir a porta. Fico parada observando seu esforço enquanto sentia meu coração bater fora do seu ritmo habitual.

— Vem, eu te levo!!

Seu convite só serviu para me deixar mais agitada e, antes de pensar muito, entrei ali, como se meu corpo tomasse as decisões agora. Benjamim dá partida e conduz devagar por entre os carros. E eu coloco o cinto, um pouco surpresa por ele não ter dito nada sobre isso ainda.

— Eu moro um pouco longe agora... acho que é melhor eu descer, Benjamim, não quero incomodar...

— Eu disse que te levo, hoje saí mais cedo, não tenho pressa para chegar em casa.

— Já que insiste... — Observo-o dirigir, está sério e concentrado, com as duas mãos no volante, exibindo a firmeza dos seus músculos por debaixo da camisa branca.

— Pode me ensinar o caminho? — pediu, virando-se rapidamente para mim que o observava feito uma obcecada. Sinto as bochechas queimarem um pouco.

— Claro! — Ajeito a postura no banco e aponto para a próxima rua. — Pode virar aqui e depois seguir em frente.

— Está com frio?

Sua pergunta vem depois de ter ligado o ar quente, parece que não sou a única inquieta aqui.

— Sim, mas agora está bom.

— Ótimo! — disse, relaxando um pouco. — Como está o joelho?

— Está normal, não foi nada, só alguns arranhões! — Retiro o cachecol felpudo do pescoço enquanto o respondo.

— Não sei, parece ter sido um tombo e tanto, você me fez imaginar a cena, quase consegui sentir sua dor.

— Bom, na hora doeu bastante, não tanto quanto a vergonha, mas doeu. — Um riso escapa de mim, e Benjamim me olha brevemente, demonstrando uma leveza diferente e satisfatória que me alcança também.

Minha Doce ConquistaOnde histórias criam vida. Descubra agora