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⭐⭐⭐
Tenha uma boa leitura! 📚
____O vento forte traz algumas gotas de chuva para o meu rosto, e nem a proteção do ponto de ônibus é capaz de me salvar dos pingos gelados.
Sam insistiu em me levar para casa, mas eu sabia que o atrasaria para a aula se fizesse isso, a verdade é que agora moramos longe um do outro e em caminhos opostos, portanto não posso, e nem vou, deixar que ele carregue esse fardo
Balanço meus pés no ritmo da música que ouço baixinho em meus fones de ouvido, absorta a qualquer acontecimento desinteressante da avenida. Um carro escuro para à minha frente, com os faróis acesos e o vidro automático se abrindo lentamente. Primeiro vejo os cabelos alinhados demais, depois os olhos, o nariz e a boca; é Benjamim. No fundo já desconfiava, deve ser por causa dos cabelos.
— Quer uma carona? — oferece, dividindo seu olhar entre a rua e eu.
— Não precisa, meu ônibus já está vindo.
Ele se estica lá dentro e estende o braço para abrir a porta. Fico parada observando seu esforço enquanto sentia meu coração bater fora do seu ritmo habitual.
— Vem, eu te levo!!
Seu convite só serviu para me deixar mais agitada e, antes de pensar muito, entrei ali, como se meu corpo tomasse as decisões agora. Benjamim dá partida e conduz devagar por entre os carros. E eu coloco o cinto, um pouco surpresa por ele não ter dito nada sobre isso ainda.
— Eu moro um pouco longe agora... acho que é melhor eu descer, Benjamim, não quero incomodar...
— Eu disse que te levo, hoje saí mais cedo, não tenho pressa para chegar em casa.
— Já que insiste... — Observo-o dirigir, está sério e concentrado, com as duas mãos no volante, exibindo a firmeza dos seus músculos por debaixo da camisa branca.
— Pode me ensinar o caminho? — pediu, virando-se rapidamente para mim que o observava feito uma obcecada. Sinto as bochechas queimarem um pouco.
— Claro! — Ajeito a postura no banco e aponto para a próxima rua. — Pode virar aqui e depois seguir em frente.
— Está com frio?
Sua pergunta vem depois de ter ligado o ar quente, parece que não sou a única inquieta aqui.
— Sim, mas agora está bom.
— Ótimo! — disse, relaxando um pouco. — Como está o joelho?
— Está normal, não foi nada, só alguns arranhões! — Retiro o cachecol felpudo do pescoço enquanto o respondo.
— Não sei, parece ter sido um tombo e tanto, você me fez imaginar a cena, quase consegui sentir sua dor.
— Bom, na hora doeu bastante, não tanto quanto a vergonha, mas doeu. — Um riso escapa de mim, e Benjamim me olha brevemente, demonstrando uma leveza diferente e satisfatória que me alcança também.
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Minha Doce Conquista
RomanceBenjamim é um homem marcado pelo seu passado doloroso, algo que ele guarda para si, dentro da grande geleira que cobre seu coração. Júlia, a moça doce e sonhadora, sente-se atraída em desvendar o segredo por detrás da frieza do irmão do seu...