Capítulo 11

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Olá seguidores e leitores! Demorei, mas estou de volta.  E vamos de Eva, que não consegue esquecer Benjamin...

  E vamos de Eva, que não consegue esquecer Benjamin

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Entro em casa, não ouço barulho algum e assim corro para o quarto. Ruth está dormindo em sua cama, na ponta dos pés vou até o armário e pego minha roupa de dormir. Vou apressada para o banheiro, tranco a porta e me encosto a ela fechando os olhos. Ainda sinto minhas mãos trêmulas e respiração instável. Trago a mão até meu coração, esforço-me para ficar calma, mas torna-se uma façanha quase impossível, quando a causa do meu estado emocional insiste em permanecer em meus pensamentos.

Benjamin. Esse homem sabe como mexer com meus sentidos. Desde o instante que pus os olhos nele, com sua pose arrogante, como se fosse o senhor de tudo, é como se dentro de mim existisse um tsunami.

Ele, com um terno escuro muito elegante, se apresentava ainda mais lindo do que eu me lembrava. Seus cabelos castanhos claros pareciam despenteado, como se tivesse passado os dedos por eles diversas vezes. Cheguei a desejar passar minhas mãos por seus fios e sentir sua textura.

E quando sugeriu que me aproximasse, a medida que caminhava até a cadeira me senti inquieta, com medo e corajosa ao mesmo tempo, e um sentimento de saudade. A mistura de emoção me dava vontade de fugir, mas também deseja cair em seus braços.

Ainda agora, com ele longe me encontrava tomada por sua presença.

Afasto-me da porta e vou até a pia, abro a bica e lavo meu rosto para amenizar o calor em minha pele. Olho-me no espelho e penso no acordo que temos. Não posso acreditar que irei trabalhar para Benjamin, em sua casa. Nunca poderia imaginar que ele me fizesse tal proposta. Devo admitir que me sinto curiosa, ele não deu nenhuma pista sobre como é sua vida. Se vive com alguém, ou não.

Para mim foi uma boa alternativa, não estou em condições de exigir nada, assim posso liquidar minha dívida com ele fazendo aquilo que mais amo fazer: cozinhar. Porém, notei que Benjamin tem um temperamento forte, é arrogante e muito mandão. Não deve ser fácil trabalhar para ele. Isso sem contar o fato de ser um homem atraente, que parece ter um imã que desperta em mim um desejo inexplicável, afinal eu nem mesmo gosto dele.

Tomo um banho rápido e vou para cozinha, estou faminta, mas resolvo por comer uma fruta, fico distraída revivendo a conversa que tive com Benjamin, assim como me sinto incomodada com a ligação que ele recebeu enquanto discutíamos. Uma mulher o ligou e eles combinaram alguma coisa, agora não paro de me perguntar sobre a tal mulher. Seria alguma namorada? Noiva? E o que mais me perturba é o ressentimento que toma meu coração.

Mal o conheço, apenas superficialmente, não há lógica de ter essa sensação, de como se me faltasse o ar. Há uma angústia em meu peito só de imaginá-lo com uma mulher.

— Deus, o que está acontecendo comigo? — resmungo sentando-me a mesa com uma pera na mão.

De repente já não tenho apetite, mas mordo a fruta sem vontade.

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