Capítulo 15

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Aqui estou como o prometido! Só posso dizer uma coisa: Essa Eva é muito atrevida! Kkkkk


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Acordo cedo e deixo tudo preparado para quando Duarte chegar. Vou a cozinha para tomar café e encontro minha mãe sentada e com o olhar distante. Aproximo-me dela e beijo o topo de sua cabeça.

— A senhora está sentindo alguma coisa? — pergunto preocupada.

Ela me olha e sorri com tristeza afagando minha mão.

— Não. Apenas perdi o sono — responde enquanto me sento. — E você? Trabalha hoje?

Sirvo-me de café e a encaro, minha mãe tem olheiras e gostaria de ajudá-la, mas não sei como, afinal ela não se abre com os filhos.

— Sim, daqui a pouco Duarte estará aqui.

Ela acena.

— Fico tão feliz por ter conseguido um trabalho que lhe agrade, agora poderá comprar suas coisas — comenta.

Suspiro fundo e após dar um gole do café volto a olhá-la.

— Mãe, quero ajudar a pagar o tratamento do Thomas, poderíamos procurar por um profissional especializado. Irei ganhar um salário razoável.

Ela nega num gesto brusco.

— Nem pensar, filha. O tratamento dele é muito caro, você não faz ideia. Você vivia dizendo o quanto estava animada ao juntar dinheiro para comprar seus utensílios e quem sabe abrir um pequeno negócio. Não se prive dos seus sonhos — declara com seriedade.

— Isso pode ficar para depois — respondo com segurança.

— Evangeline, um tratamento especializado é caro, e Luigi vai tentar novamente ajuda com uma ONG, enquanto isso Thomas continuará no psicólogo de sempre.

Suspiro desanimada e olho para minhas mãos segurando a xícara.

— O Thomas é uma criança especial, mãe. E acho que o psicólogo dele não é adequado, ele precisa de um especialista, andei lendo sobre seu transtorno e existe muitos caminhos que podem fazer com que meu irmão evolua. Não adianta o psicólogo tratar dele da mesma forma que trata outros pacientes, cada um é diferente do outro — alego e levanto o olhar. Minha mãe tem os olhos marejados. — O tempo está passando, quanto mais cedo ele for cuidado, melhor.

Desta vez ela suspira.

— Nós sabemos disso, filha. Não pense que não quero fazer nada. Já tentei de tudo. Mas não sei o que acontece, às vezes tenho impressão, que para nossa família tudo é mais difícil. Você pensa que é fácil para mim? Ver meu filho desse jeito, sem interagir? Vivendo em seu mundo como se nada mais existisse, sem demonstrar emoção? Não é fácil, minha filha — desabafa. Levanto-me e vou até ela e a abraço. Coloco o queixo em sua cabeça.

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