Capítulo Bônus

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Preparadas para um pouco da Charlotte? Ela é muito cobra.


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Eu tenho andado num humor terrível, e preciso descontar essa raiva em alguém. Estou tão contrariada que ver uma pessoa rindo e feliz me incomoda de uma tal maneira que se pudesse faria alguma coisa para acabar com essa felicidade.

Chego ao escritório a recepcionista me cumprimenta e eu não respondo, assim como foi com o porteiro e ascensorista. Não sou obrigada a falar com essa gente, apenas quando preciso de alguma coisa. Com eles devemos falar apenas o necessário, porque se dermos trela daqui a pouco estarão contando sobre a vida medíocre que levam, e se há uma coisa que odeio e quando essa ralé pensa que é alguém para ficar se achando próximo a nós.

Entro na minha sala e meu celular toca, quando vejo quem é fico mais animada, pois trata-se do detetive que usamos para descobrir os podres dos oponentes dos nossos clientes. Ou melhor dizendo, apenas eu uso deste artifício, não é a toa que me tornei uma advogada competente, pois uso de todas as armas para destruir o adversário.

— Santos, conseguiu alguma coisa? — pergunto de uma vez.

— Sim, estou mandando tudo para o seu e-mail neste momento — responde. — Aguardo o pagamento — complementa grosseiramente.

Ele é um ótimo detetive, mas muitas vezes me sai muito caro, quando é para descobrir algo em benefício de algum cliente meu, eu consigo resgatar os meus gastos, mas nesse caso, o usei para meu benefício. E meu faro de advogada diz que me darei bem.

— Já farei a transferência depois de ler o que você conseguiu.

Desligo o telefone em sua cara e assim que abro o computador vem o aviso da chegada de um e-mail. Abro na mesma hora.

Quando começo a ler, o mau humor de antes vai desaparecendo, pois como imaginava aquela ninfeta que Benjamin levou ao jantar e apresentou a todos como sua namorada, esfregando isso em minha cara, tem uma família bem complicada. Quero só ver a cara do Benjamin Clarke Lisboa, o todo poderoso quando ver que está saindo com uma qualquer.

Aquela mulherzinha é de quinta, e quando aqueles homens babacas ficaram todos derretidos por ela, me deu uma raiva que logo dei um jeito de inventar que ela era uma das garotas do catálogo da agência que eu conheço muito bem.

Claro, que esperta como sou, contei para Fabrício, que tem uma língua ferina, e ele, como amigo do Carlos Albuquerque, um homem que é poderoso, mas sem moral nenhuma deixou escapar que a Eva era uma prostituta. Vi de longe com sorriso de vitória quando Carlos deu um jeito de se aproximar daquela infeliz. Só não vi como foi o desfecho, pois precisei sair do evento.

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