Capítulo 17

8.2K 713 205
                                    

Boa noite! Antes de mais nada quero agradecer os comentários de vocês! Estou amando. Vou tirar um dia para responder todos, eu prometo... E como vocês arrasaram nos comentários decidi postar um capítulo hoje. Para animar o sábado de vocês.

Deixo tudo organizado e antes de trocar de roupa dou uma última olhada para ver se não me esqueci de nada

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Deixo tudo organizado e antes de trocar de roupa dou uma última olhada para ver se não me esqueci de nada. Viro-me para a porta que dá para a sala, suspiro desanimada. Benjamin não retornou para comer a sobremesa, como havia dito. Passei toda a tarde agoniada esperando por sua presença.

Saio da cozinha direto para o quarto onde estão minhas coisas, vou para o banheiro e tomo um banho como tenho feito nos dias em que trabalho aqui. Faço tudo com os pensamentos cheios de Benjamin. Hoje ele parecia diferente, não foi tão rabugento como costuma ser, estava mais relaxado. Quanto a mim, me senti um pouco retraída, minha coragem está apenas nas mensagens que costumo passar para ele.

Recordo de seu gesto, ao me dar a sapatilha. Sei que vai descontar do meu salário, mas mesmo assim foi uma atitude generosa. Minha única preocupação é com o valor, pois é notável a qualidade do calçado.

Termino de me arrumar e deixo a sapatilha guardada no armário que Cora disponibilizou para mim, quanto ao avental e a roupa ponho numa sacola para levar, pois precisam ser lavados. Retorno à cozinha para aguardar Duarte que deve estar para chegar, e enquanto ele não chega sento-me a mesa e mexo em meu celular.

Percebo alguém entrar na cozinha e para minha surpresa é Benjamin. Ele está com outra roupa, agora usa uma calça jeans e uma camisa preta com as mangas dobradas. Ele olha para mim de uma maneira que me deixa desequilibrada. Todas as vezes que estamos próximos seus olhos fixos nos meus me faz sentir como se ele pudesse enxergar minha alma.

É uma sensação tão diferente e prazerosa. Eu trabalho para ele, não posso enxergá-lo como outra coisa, a não ser como meu patrão. Porém não é como me sinto. Sei que isso é perigoso e preciso cuidar para não me fascinar tanto por esse homem tão enigmático.

Ele vai até a geladeira e pega a taça onde tem a sobremesa, depois pega uma colher, então se aproxima e senta-se de frente para mim. Ainda me encarando leva acolher com o doce até sua boca e minha garganta fica seca. Benjamin lambe a colher e sinto um calor anormal viajar por meu corpo. Não suporto ficar olhando para ele, então volto para o meu celular e nem mesmo lembro o que estava fazendo.

— Vejo que está pronta para ir — diz quebrando o silêncio.

Com a respiração suspensa levanto o olhar. Seus olhos ainda estão cravados em mim. Finjo tranquilidade e sorrio.

— Sim, estou apenas esperando por Duarte — informo.

Ele acena e come mais do doce.

— Duarte não virá — anuncia me deixando surpresa.

— Então melhor eu ir embora, apenas preciso que libere o elevador para mim — esclareço me levantando. Pego a bolsa e a sacola, então guardo o celular. Ele continua em seu lugar e me observa de forma indecifrável. Sua taça encontra-se vazia e mesmo assim não se move. — O senhor precisa de mais alguma coisa?

Desvenda-meOnde histórias criam vida. Descubra agora