Capítulo 38

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Boa noite amadas!!! Mais capítulo da nossa maratona!!! E mais emoção!


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Desperto cedo e me encontro sozinha na cama, sinto uma tristeza enorme, um vazio. Busco na memória momentos que passei com pai. Antes de todo esse problema financeiro ele era energético e cheio de vida. Meu pai sempre procurava brincar com os filhos, nos tratava com carinho. Recordo do dia em que minha mãe se esqueceu do meu aniversário e ele para apaziguar minha decepção preparou uma pizza especialmente para mim, com as frutas que eu gostava e chocolate.

— Aqui está a pizza Eva — disse entregando-me por cima da mesa a pizza com aparência estranha.

— Eca! Isso é pizza de quê? — Sandro atacou fazendo uma careta de nojo.

Eu olhei para meu irmão e dei língua para ele.

— Essa é a pizza de salada de fruta com chocolate, deve estar muito gostosa — assinalei e olhei para papai que ria de nós dois. — Obrigada papai, eu vou comer tudinho, eu amei meu bolo-pizza de aniversário.

Ele com seu sorriso satisfeito se abaixou e beijou minha testa.

— Feliz aniversário, pequena, e nunca se esqueça de que papai te ama — declarou.

Eu sorri.

— Também te amo, papai!

A recordação desse momento traz lágrimas aos meus olhos. Eu lamento ter passado tanto tempo fora, eu sei que não foi escolha minha, mas sinto como se tivesse perdido momentos de grande importância. Não vi como minha família conseguiu chegar a esse ponto de dificuldade. Sei que quando fui enviada para o internato as coisas estavam começando a ruir, mas não imaginei que chegasse ao ponto do meu pai perder a vivacidade.

Agora fica a sensação de que poderia ter feito alguma coisa.

Escuto o som da porta se abrindo e viro-me, ainda deitada a tempo de ver Benjamin entrar na suíte carregando uma bandeja. Ele percebe que estou acordada e sorri.

Quando chega perto da cama coloca a bandeja na mesinha ao lado e senta-se ao meu lado, então carinhosamente enxuga minhas lágrimas.

— Conseguiu descansar? — questiona com voz baixa.

Eu fungo.

— Sim, dormir bem. — Minha voz sai rouca.

Ele contempla meu rosto.

— Preparei seu café.

Eu me sento e aceno.

— Obrigada — digo e começo a chorar.

— Ei, não chora, minha querida! — pede e eu choro mais. Benjamin me abraça e leva minha cabeça até seu ombro. Eu seguro sua blusa e deixo as lágrimas escaparem. — Eva, eu odeia vê-la assim.

Desvenda-meOnde histórias criam vida. Descubra agora