• Comas alcoólicos,mães irritadas,amigos leais e mensagens da Bennet •

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Sabe aquelas cenas de filme onde o personagem está deitado numa cama de hospital,aí a mãe ou o pai dele alternam entre cochilos numa poltrona cheios de preocupação?

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Sabe aquelas cenas de filme onde o personagem está deitado numa cama de hospital,aí a mãe ou o pai dele alternam entre cochilos numa poltrona cheios de preocupação?

Bom,não é o meu caso.

- Você poderia estar bem pior, reconhece isso não é?! - Marina Ross gesticula,me fuzilando com as íris azul-gelo - já pensou se fazem alguma maldade com você?! Deus..ainda bem que Mike estava lá!

Mike? Ele não estava na festa,eu o teria visto e..

Talvez ele tenha ido por minha causa.

Sinto um nó na garganta,mas consigo dizer:

- M-mãe,eu tô bem.

Minha cabeça parece que foi esmagada por uma bigorna e a luz entrando da janela irrita meus olhos,e que dor horrorosa na garganta..

..mas fora isso,estou bem.

Ela fica andando de um lado para o outro,fitando meu rosto em alguns intervalos.

- Estou muito irritada com você.

Escuto seu sermão,mas não consigo ficar com raiva ou revolta,tipo,minha mãe teve tanto medo de me perder que está quase se descabelando e xingando nomes nada gentis.

Sei lá,é uma espécie genuína de amor,essa raiva toda.

- Desculpa mãe, sério,eu mandei mal mesmo.

E não me lembro de quase nada.

Tá,vou repassar os fatos: fiquei bêbado?certo,vomitei pra cacete? certíssimo,talvez tenha visto uma aparição da minha linda e incrível ex namorada? é..certo também.

O que aconteceu depois?

E o que importa? tudo se torna muito vazio sem a Lizzie por perto.

Suspiro,tenho um novo costume para me lembrar dela recentemente,fico imaginando por onde ela anda,onde está,o que está fazendo,de manhã abrindo os olhos preguiçosos ou lendo um livro no meio da aula de geometria.

Qualquer coisa que me aproxime,o restante ainda possível.

- Você está de castigo. - Marina Ross sentencia,cortando meus pensamentos - da escola pra casa e de casa pra escola,ouviu?

Assinto,ainda meio tonto.

Minha mãe está bem brava comigo,isso é óbvio,mas o cruzado dos seus braços se afrouxa um pouco,ela se aproxima da cama e senta na pontinha,a mão elegante faz carinho no meu rosto.

- Conseguiu me assustar direitinho garoto - ela abre um sorriso contido - quase que me mata do coração.

Não mamãe,eu sou mais do tipo que parte corações vivos mesmo.

Faço uma careta de culpa e levanto os braços em rendição,arranco uma risada dela.

- Foi mal de novo, sério,por tudo.

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