Ícaro Ross é um daqueles caras atraentes, de sorriso encantador e..hipócrita em cada palavra que sai da sua boca.
Ele é querido por seus amigos e deixa a mãe e os professores orgulhosos,mas Ícaro só consegue essa proeza porque é duas pessoas ao mesm...
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OK,aqui é um Ícaro Ross,estou escrevendo um testamento,deixo o quarto e meu box de Arrow para o meu irmãozinho Caio,minha morte acadêmica está sendo dolorosa e lenta e só espero pelo meu fim.
Acontece que aquele bosta de professor não me ajuda em nada,é um babaca parcial que deixa o filho se aproveitar de garotas gordas e excluídas.
Minhas notas não param de despencar,passo mais tempo naquele recanto de gente feia chamado biblioteca do que andando pelos corredores com meus amigos e acabou de nascer uma espinha no canto do nariz.
Eu tentei, sério,tentei mesmo,mas todas as garotas que eu pedia ajuda ficavam babando em mim em vez de me explicar qualquer coisa. Os nerds são muito fechados e quando fui falar com um deles saíram correndo. Eu gosto de intimidar,mas tô tão desesperado que nem pra isso tô ligando mais.
Todos os grandes heróis chegam ao seu glorioso fracasso.
Coloco o café da manhã na mesa.
- Vem logo molequinho! - grito na direção da escada,Caio parece uma garota se arrumando.
- Tô descendo.
Assim que acordei a madame não estava em casa,deixou um bilhete na geladeira,dessa vez rosa - é a cor que ela usa quando tá de bom humor.
O que não acontece muito.
Confiro meu rosto no espelho de novo,eu preciso me acalmar,ainda sou o cara de olhos atraentes e cabelo legal.
É,isso aí.
Argh bosta! Quem eu tô querendo enganar?!
Eu tô completamente ferrado e surtado!
Minha vida acabou mano,acabou.
- Não maninho,sua vida não acabou.
Viro a cabeça e Caio me encara com as sobrancelhas franzidas.
- Ué,eu não falei isso em voz alta. - digo,confuso.
- Nem precisa,sempre que você faz essa expressão é de que o mundo acabou. - afirma meu irmão,pegando uma maçã.
