• Estrelas cadentes,shorts apertados e a totalidade de Elizabeth Bennet •

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Quinze dias depois do baile, início das férias de verão.


Eu sempre tive a certeza de que nada superaria o dia em que ignorei Elizabeth no refeitório,nunca imaginei que aquela segunda vez presos no parque abandonado pudesse ser elevada para uma terceira,um milhão de vezes mais dolorosa.

Sim,foi terrível pra cacete,ver todas as minhas esperanças sendo arrancadas para fora,sentir os olhos arderem e o peito torcer como um pano de chão,mas não é certo dizer que a terceira vez foi apenas dolorosa,difícil e assustadora,porque seria mentira.

Estar com Lizzie Bennet é sempre um pouco fascinante,mesmo nos momentos em que ela escancarou todos os meus erros,mesmo nos momentos em que eu arruinei tudo.

Afundo a cabeça no travesseiro e olho para o teto,raios de sol explodem pela janela e deixam meu quarto dourado,as lembranças estão coladas nas paredes,todas douradas também.

A casa está quieta,minha mãe e o molequinho ainda não acordaram,aproveito o momento,cansado de mascarar a dor focando na família,eu perdi Lizzie Bennet,e não posso mais fingir que esqueci disso.

Deixo duas lágrimas rolarem pela bochecha,eu ainda não perdi Elizabeth,mas vou,depois de se curar de todos os danos, a vida vai se encarregar de me tornar uma  de suas lembranças do colegial,o passado relevante e irrelevante.

É uma merda pensar nisso,mas não me importo,o sofrimento é a medida da importância,do amor,e como eu me importo,como eu amo tudo sobre Elizabeth Bennet.
Quero tanto sua felicidade a ponto da minha memória inconveniente não ter mais impacto nenhum.

Mesmo que a dor tenha me acompanhado de forma constante,essa não é nem de longe a palavra que define aquela noite,Lizzie estava comigo,seria minha por toda a nossa fantasia de fuga, tristeza e euforia disputavam lugar dentro de mim,então decidi sentir tudo.

Tudo,essa palavra que define como foi estar tão perto de Elizabeth Bennet de novo,mesmo que o dia seguinte reduzisse o tudo em uma lembrança.

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