• Senhor Bennet,beijos na nuca e alho queimado •

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Sempre quis conhecer o cara e a mulher que deram origem nessa coisa linda que a Lizzie é

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Sempre quis conhecer o cara e a mulher que deram origem nessa coisa linda que a Lizzie é.  Por razões de babaquice materna,vou ficar só com o cara mesmo.
O senhor Bennet recebeu alta faz duas horas,Liz está no banco carona fazendo carinho no cabelo grisalho dele. Eu,dirigindo.
Não fiz perguntas,vai que sai uma idiota? A gente apenas colocou meu sogro no carro e estamos seguindo pra casa deles.

- Hey garoto.

- Oi senhor Bennet.

- Você tá pegando minha filha? - a voz dele soa arrastada por causa dos calmantes,e esse troço deve te deixar desbocado também.

Solto risada,Lizzie também.

- Hã...não senhor,é mais sério,somos namorados.

- Espera..somos? Não estava definido o que a gente era. - Elizabeth me provoca,piscando os cílios.

- Vocês adolescentes..

- Sim papai,e você era um santo no ensino médio. - Lizzie beija a bochecha dele,sorrindo.

- Eu só matava algumas aulas..

- Atá.

- E namorei o time inteiro de líderes de torcida. - ele solta uma gargalhada alta - Qual é,todo mundo sabe que elas são as melhores beijoqueiras.

- Tenho que concordar.

- Ícaro!

- Mas, ninguém supera você meu amor. - completo,segurando um risinho. 

- Cachorros! - Lizzie ri,dando um tapinha em mim e no pai.

- Sua mãe era pior dona Elizabeth, tinha pegado a metade da escola e a outra metade ainda gostava dela.

- Liana Robert tá proibida nas nossas conversas,lembra?

- Okay,okay,desculpa abelhinha.

Engulo a seco,observar a Lizzie desse jeito com o pai,o quanto ela segura a vontade de chorar e faz piadinhas para distra-lo..
Fico pensando se a chantagem não tivesse acontecido, amanhã ela iria para Valentin cansada emocionalmente e iria sofrer bullying de cinco babacas. Eu,incluso neles.

Mano..eu era um merda,que tipo de pessoa faz isso?

- Ick,chegamos. - Lizzie avisa,me despertando dos pensamentos.

Estaciono o carro e abro a porta do banco traseiro. A Bennet apoia o braço do pai nos próprios ombros e eu ajudo do lado esquerdo. Ele começa a gargalhar dizendo que meu cabelo parece uma peruca pra velhos calvos. A gente riu junto,claro.
Levamos o senhor Bennet pro seu quarto no andar de cima,ele apagou feito um bebê assim que o colocamos na cama.

Lizzie beija a testa do pai e solta um suspiro pesado. Ela fica parada olhando pra ele,como se fosse acordar e fazer aquela coisa ruim de novo.
Abraço sua cintura por trás e dou um selinho na sua bochecha,Liz continua no meu abraço e eu acabo apoiando o queixo no seu ombro.

- Sabe..eu posso te fazer um macarrão. - digo, sussurrando.

- Vai cozinhar seu trauma por mim? Que romântico - Bennet abre um sorriso sarcástico - mas depois eu arranjo algo,pode deixar.

- Hey - viro-a de frente pra mim e faço carinho no seu rosto - não vai deixar seu namorado cuidar um pouco de você?

- Acho que.. - Lizzie solta um risinho tímido - não estou muito acostumada.

- Então aprende a se acostumar, deixa o senhor Bennet descansar,ele não vai fugir não. Confia em mim.

Ela hesita um pouquinho,mas depois revira os olhos e me deixa guia-la até a sala. Faço Lizzie sentar no sofá e tiro os tênis dos seus pés.

- Ick,isso é um amor mas..

- Ah valeu,eu sei que sou um amorzinho. - interrompo a loira,vestindo avental.

Ela solta risada.

- Sabia que não existe nada mais sexy do que um homem de avental? - Lizzie sorri de canto,mostrando a covinha.

- Minha querida,eu posso colocar um saco de batata no corpo que continuo a coisa mais sexy do mundo. - roubo um beijinho dela,que morde minha bochecha em retribuição.

- Qual é a sua perversão com bochechas? - pergunto,fazendo uma careta.

- Com as suas bochechas Ícaro,apenas com elas.

Eu poderia ficar horas beijando e fazendo piadinhas com Elizabeth Bennet,mas dou um pulo do sofá e ajeito o avental.

- Perdão milady,a cozinha me espera.

Lizzie murmurra de um jeito manhoso e se deita. Ela parece cansada,seus olhos estão formando até umas olheiras.

- Eu compreendo chefe de cozinha sedutor,eu compreendo.

Dou as costas para loira com um sorrisinho no rosto,lembro que fizemos um joguinho na sala de aula do nono ano perguntando pra todas as meninas quem elas nunca ficariam. Quando chegou na Lizzie,adivinha o escolhido?

- Mas eu sou bonito! - lembro que reclamei,o que foi bem idiota.

A garota revirou os olhos, altiva.

- Não pra mim.

Os alunos fizeram um "au" pro fora que eu tinha levado,e sendo um adolescente babaca,juntei meus amigos e falei do seu peso pra todo mundo ver.

Nossa meu passado me condena mesmo,que merda.

Bom,Elizabeth Bennet sempre me afetou muito em todos os sentidos, o seu "Não pra mim" me atormentou pelos meses seguidos,ela não tinha o mínimo interesse em Ícaro Ross, e por mais que eu tivesse a maioria das garotas aos meus pés, a opinião de Lizzie sobre mim valia por todas.

Eu deveria ter sido um cara legal desde sempre,e não ter fingido ser um desde de sempre.

Canto uma musiquinha ao mesmo tempo que jogo o alho e a cebola. Mas meu cérebro fica insistindo em repetir frases bobas,tipo, "Sua namorada te acha sexy,lá lá lá."

- Mas que cheirinho bom!

- Volta pra sala mocinha,o artista está trabalhando. - brinco,fazendo uma careta esnobe.

Só Deus sabe o quanto a Lizzie me deixa maluco com o cabelo jogado assim.

- Eu não posso admirar seu trabalho? - ela revida,me abraçando por trás e beijando minha nunca.

Viro o corpo e junto nossos quadris,seu pescoço fica entre minhas mãos. Abro um sorriso de canto.

- Vai tirar minha concentração.

Lizzie beija meu lábio inferior, unindo devagar nossas bocas completamente.

- Eu já tirei. - ela sussurra,adoro como suas bochechas ficam coradas depois que a gente se beija.

- Ícaro.

- Oi.

- O alho tá queimando.

Dou um pulo e desligo o fogo, escutando a gargalhada alta de Lizzie.

- Você queimou nossa janta!

- Vem com essa não,você que queimou sua manipuladora!  - retruco,tentando esconder uma risada.

Ela continua rindo de mim,e ainda coloca as mãos na barriga.

Balanço a cabeça,sorrindo,Bennet e sua mania de ficar linda em qualquer situação.

Seguro seu rosto e roubo um beijo.

- Amo você.

- Ama mesmo. - Lizzie devolve, sarcástica.

E eu nem consigo dizer como consigo amar tanto alguém.

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