Ícaro Ross é um daqueles caras atraentes, de sorriso encantador e..hipócrita em cada palavra que sai da sua boca.
Ele é querido por seus amigos e deixa a mãe e os professores orgulhosos,mas Ícaro só consegue essa proeza porque é duas pessoas ao mesm...
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Términos são uma porcaria,e a parte mais irritante dos términos são os objetos,eles tem histórias,e o pior,te relembram histórias.
Marina e Richard não tiveram uma história muito emocionante nem nada do tipo,minha mãe nem sequer amava o cara,mas juntar as tralhas dele para fora de casa e ver tudo sendo levado pela van de mudanças foi difícil,triste e frustrante,estava nítido na expressão dela.
Então eu perguntei o porquê:
- Ah Ick..não se trata de amor, entende? É sobre desperdiçar um esforço enorme que eu fiz..
Ela continuou depois de um suspiro:
- ..me sinto aliviada,claro,mas ainda vou me sentir um pouco frustrada pelos próximos dias,todo término tem seus rituais,com ou sem amor.
Minha mãe assistiu as coisas do Richard irem embora até a van fazer a curva na esquina. Se um término sem amor é difícil,imagino o que deveria acontecer comigo quando terminei com Elizabeth Bennet - deveria ter entrado em combustão.
O tempo passa e logo o sol está se pondo no horizonte,com raios de luz perfurando as árvores e calçadas,de repente eu me lembro: o último baile do ano é hoje.
Quase todo mundo vai estar lá,e eu já imagino a cena: Lizzie rindo e bebendo ao lado de Lauren e Cynt,Lizzie na pista de dança, acompanhada por Logan Covey,o cara legal, inteligente e gentil,o cara certo. Reconhecer as qualidades dele revirava meu estômago há algumas semanas,mas agora,mesmo depois do término insuportável e das crises que continuo a lidar,não me sinto um completo lixo,consigo ser legal,me esforço para ser inteligente,sou gentil na maior parte do tempo,talvez eu nunca seja o cara certo,mas posso ser certo o suficiente para continuar evoluindo. O sentimento que me persegue com mais força é a frustração,não queria ser o cara certo daqui a alguns anos,para outra pessoa em outras circunstâncias,queria ter sido o cara certo para Elizabeth Bennet, e mais ninguém.
Abro um sorriso triste,continuo escrevendo no meu caderno,apoiado na lateral da janela,observo os postes de luz acesos,lembro de alguns dos nossos momentos,os objetos estão sempre lá: uma panela de alho queimado,um tapete,um sofá de varanda,um latão de macarrão jogado no meu cabelo,presilhas vermelhas,uma caneta emprestada. Eu escrevo na última linha: Elizabeth Bennet,você salta da minha mente e pula para todos os objetos.
