Chapter 62.

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Oi xuxus! Aqui vai o MAIOR capítulo que já escrevi até hoje, então peguem uma pipoquinha, se aconcheguem e boa sorte! Espero que gostem e que comentem bastante <3 Não se esqueçam de votar ;)

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     01 de fevereiro de 1939.

       Florence

Eu estava esfuziante.

Havia algo sobre aquele dia que me fez pular da cama sem nem mesmo bocejar ou esfregar os olhos de preguiça. Eu não me sentia cansada, mesmo tendo o sono roubado poucas horas antes pela ansiedade. Meu coração pulava dentro do peito, prontinho para começar os planos que me fariam retribuir todo o amor que recebi quando mais precisei.

"Harry faz dezoito anos hoje", meu cérebro insistia em lembrar. Ele podia não estar tão animado com a ideia, mas era isso que me incentivava ainda mais a tornar esse dia inesquecível para meu amigo. Era por isso que eu me encontrava, por um belo motivo, eufórica.

Eu sabia que, das incontáveis vezes que Harry fez algo bom para mim em todos esses anos, incluindo os milagres de aniversário, nada do que eu fizesse hoje poderia se comparar a qualquer gesto tão gentil e bondoso do rapaz. Mas eu prometi. Prometi a ele na virada do ano que faria de tudo para vê-lo feliz. E o mais importante: prometi a mim mesma que arrancaria um sorriso daqueles lábios teimosos, custe o que custasse.

Tomei rapidamente meu chá naquela manhã. Não dei o tempo necessário para a minha mandíbula mastigar direito as torradas, fazendo com que suas migalhas arranhassem minha garganta e incomodassem meu estômago. Na verdade, visto toda minha inquietação, algo me dizia que não era apenas o café da manhã que fazia minha barriga revirar.

Meus pais nem se deram o trabalho de reclamar quando me viram apressada ao vestir as luvas e o casaco tão cedo para sair de casa. Joanne e Peter sabiam o que significava, e não discordavam nem um pouco. Se Mark estivesse acordado, tenho certeza que também não teria nenhuma objeção.

Assim que me agasalhei bem, peguei o que precisava e tomei a coragem que me faltava, apressando meus pés para fora de casa e pegando minha bicicleta. Pedalei com tanta pressa até a rua de trás que, se estivesse andando, tropeçaria nos meus próprios pés. Ainda era cedo, mas havia névoa demais para as oito horas, mesmo numa manhã de inverno de Stratford.

Ofegando fumacinhas de frio, encostei os guidões no arbusto abaixo da janela da sala e juntei meus pés lado a lado, tomando a sábia decisão de bater levemente à porta da família Styles. Demorou mais do que eu esperava.

Talvez Anne tenha esquecido do combinado.

Olhando para a ponta das minhas botas e o capacho úmido sob meus pés, notei a porta se abrir depois de alguns minutos. Curiosa, estiquei meu pescoço para ter certeza de quem estava por trás. Eu não tinha um "plano B" caso não fosse a mulher atrás daquela porta.

– Bom dia, querida. – Anne sussurrou em suas pantufas e hobby de cetim combinando com a camisola.

– Olá, Anne. – engoli seco, um pouco nervosa com a situação. – Te acordei?

– De maneira alguma. Estava apenas fervendo água. Não esqueci do nosso plano. – a mais velha abriu mais a porta, se afastando para o lado – Venha, meu amor. Está congelando aí fora.

Assenti com a cabeça, aproveitando para sacar as mãos dos bolsos e tirar a touca da minha cabeça antes de entrar. Lion me recebeu entusiasmado mas, sabiamente, sem latir ou fazer qualquer barulho maior. Descalcei minhas luvas, as guardando nos bolsos traseiros das minhas calças de brim, e me ajoelhei para afagar o enorme cachorro do meu amigo.

Fire Head ☞ H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora