Fire Head ☞ H.S

Chapter 58.

Olá minhas florzinhas! Estou eu de volta YAYYY! <3 Peço de coração que vocês leiam as notas desse capítulo até o final, por favorzinho. Tem recadinho importante hihi Não se esqueçam de votar no capítulo e comentar bastante nessa fofura que eu deixo pra vocês hoje. 

Beijos e boa leitura!

***

  06 de novembro de 1938.

       Florence

"Estou sentada em um banco solitário, em meio a um vasto campo de lavandas. Olho para meu colo e percebo que visto um leve e esbranquiçado vestido que balança com a suave ventania da tarde. Em um primeiro momento, não percebo o que faço naquele lugar, porém, contemplo a paisagem sem reclamar.

Em pouco tempo, vejo uma linha curvilínea se aproximar e percebo ser uma pessoa. Aperto meus olhos, uma vez que o Sol se pondo atrás daquela imagem não me deixa enxergar com clareza todos os detalhes necessários para que eu reconheça aquele alguém.

Devagar, a imagem turva começa a se personificar conforme vem até mim com passos lentos e calmos. Eu não posso imaginar quem seja. Não se parece com nenhum dos meus amigos, nem meus pais e muito menos meu pequeno irmão.

É uma mulher.

Seu corpo veste uma longa camisola branca, limpa e passada perfeitamente. Ao seu redor, uma aura brilhante se difunde com o vento e torna seu corpo reluzente, refletindo a luz alaranjada do Sol. A mulher usa uma longa trança em seu cabelo colocada para frente do seu ombro.

Esses fios morenos trançados são familiares.

Então, meu coração erra uma batida quando percebo a coroa de fios brancos que se forma no topo de sua cabeça, na extensão de sua testa. Uma lágrima escorre dos meus olhos, pois não preciso de mais nada que confirme. Eu conheço esse cabelo marcado pelo tempo.

– Vovó? – digo já quase entre soluços desesperados ao perceber, finalmente, seu rosto.

Amélia abre seus braços e um sorriso de alento se forma em seus lábios. Não hesito em correr para abraçá-la. Encaixo meus olhos em seus ombros e começo a chorar desesperadamente. É estranho termos a mesma altura agora: antigamente eu costumava grudar meu rosto em sua barriga e molhar seu avental com lágrimas.

– Calma, calma, meu amor. – sua mão trêmula e macia passeia pelo topo de minha cabeça enquanto a outra aperta minha cintura – Vamos nos sentar. Meus joelhos já não aguentam tanto tempo em pé.

– Vovó... É mesmo você? – fecho e abro meus olhos diversas vezes para ter certeza que a via. Eu queria tanto revê-la.

– É claro que sou eu. – ela passa seu polegar quente abaixo dos meus olhos, tirando dali algumas lágrimas – Não desperdice nosso encontro com tristeza. Tive tantas saudades! Como vai meu pequeno rubi?

– Estou feliz agora! – digo entre sorrisos, fungando e tentando parar de soluçar. Passo minhas mãos em suas bochechas, admirando cada ruga e mancha em sua pele – A senhora está tão linda!

– Que gentileza a sua, querida. – Amélia escorrega suas mãos pelos meus ombros e braços até que encontra minhas palmas e as segura – Como você mudou... Está tão crescida.