Chapter 27.

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Capítulo amorosamente dedicado as aniversariantes mais lindas HashtonGreen e 1D_Nick. Que vocês aproveitem muito os 15 e 16 anos e sejam sempre maravilhosas como são. O capítulo é um presente <3

25 de dezembro de 1937.

Florence

    Harry entrelaçou seus grandes dedos nos meus e começou a rir, entrando na porta giratória do hotel logo atrás dos nossos amigos. Não sei o motivo, mas mesmo com o frio, uma felicidade me invadiu completamente, me causando risadas junto do moreno. Por estarmos de mãos dadas, acabei por não me separar de sua pele fria para entrar, então acabamos ficando apertados dentro de um dos compartimentos da porta.

    – Ops, me desculpe! – disse rindo em tom baixo assim que pisei em seu pé enquanto dávamos passos curtos.

    – Não foi nada. Ao menos estamos tão perto que nem sentimos o frio lá de fora. – ele se virou para trás e olhou para baixo, na minha direção, soltando um sorriso divertido e apertando os olhos.

    – Ou é porque estamos entrando no hotel e tem aquecedores por aqui. – respondi com um tom humorado.

    – Tem toda a razão, Florie. – o moreno disse ao sair completamente no saguão do hotel.

    Ainda de mãos dadas, fomos andando em direção aos elevadores. Sua pele, apesar de gelada, fazia meu corpo permanecer quente, lembrando-me dos minutos sozinhos que tivemos há pouco lá for. A neve me fazia estremecer dos pés a cabeça, porém assim que Harry juntou seu corpo ao meu para dançar, me aqueci por inteira. Um grande sentimento de decepção me invadiu quando percebi que a música, que mal ouvíamos, tinha acabado. Eu não sei o que esperava além daquilo, mas queria continuar dançando, mesmo que a neve continuasse caindo sobre a ponta dos nossos narizes.

    As palavras que meu amigo dirigiu a mim – que por acaso eu não soube responder – foram tão lindas que me fizeram sentir que tudo isso valeu a pena. Ou melhor, que tudo tem valido a pena. Não só me vestir bem essa noite e perceber sua reação, mas sim, o fato de começar a enxergar que a cada dia que passa na nossa amizade, tudo fica melhor. Um dia após o outro eu me pergunto como foi que brigamos no carnaval, se hoje em dia parece impossível imaginar aquele Harry a minha frente. Ele certamente já me viu nervosa diversas vezes depois disso, mas eu nunca mais o vi daquela forma.

    A cada dia que passa, seus olhos estão da mesma cor, entretanto eu enxergo de uma outra maneira. É como se sempre tivesse um mistério novo escondido para ser descoberto por mim. É assim que eu sei quando algo está de errado com meu amigo. Ele fala pelos olhos. Esses olhos que reparei profundamente por longos três minutos lá fora, esses olhos que não desviavam dos meus, os olhos que nunca deixam de brilhar. Além disso, a maneira como a boca dele soava palavras lentas e roucas para mim me fazia desviar a atenção do seu olhar. Sua forma de pronunciar meu nome com seu tom mais grave faz parecer que está dizendo bem ao lado da minha orelha, mesmo que esteja metros a minha frente. E, quando a partir da sua boca perfeitamente desenhada, surge um sorriso, meus devaneios se perdem nas marcas de nascença em sua bochecha. Ainda não criei coragem, mas ainda agradecerei Anne por tê-lo feito tão perfeito.

    É estranho como tudo em seu rosto se encaixa perfeitamente. O desenho de sua sobrancelha com seu maxilar quadrado, seus olhos um tanto inchados com sua boca vermelha, seu nariz bem desenhado com o corte do seu cabelo. Sua altura, seus ombros largos, suas pernas longilíneas, suas mãos enormes com seus dedos compridos, seus anéis, seu cheiro, sua voz... Se eu continuasse a citar, não seriam apenas seu rosto e seu físico que pareceriam perfeitos: sua personalidade também, lembrando sempre de suas características doces e atenciosas. O mais encantador é que eu sabia que não era só comigo, pois Harry já demonstrara que se importava verdadeiramente com todos os seus amigos.

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