Chapter 4.

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10 de agosto de 1936.



          Florence

– Porra Luke! Para de roubar, seu merda. – disse atacando a almofada em sua direção.

– Além de ser jogador, eu sou o banco. Não to roubando, Flor. – ele riu.

– Sim, você é porra do banco! Por isso tá colocando mais dinheiro no seu caixa e tirando do nosso. –    Pam disse já sem paciência.

– Calem a boca. No próximo jogo, Olivia "a certinha", vai no banco então. – ele fez aspas com as mãos – Vai Harry, sua vez. Joga logo os dados.

Styles revirou os olhos e pegou os dois dados. Balançou-os por dentre aquele par de mãos enormes e jogou sobre o tabuleiro. Todos os peões estavam mais ou menos em casas próximas umas das outras, por isso, esperar algum número sair se tornava um momento de tensão entre os jogadores.

12.

– Doze?! Você é muito cagado, Harry. Pelo amor de Deus! Ninguém tira duas faces viradas pro número seis. – Luke comentou indignado, jogando as mãos para o alto.

– Isso é pra você se ferrar mesmo. Vou passar todos vocês, mas você vai ficar em último lugar pra aprender a não roubar dinheiro do meu caixa. – ele respondeu, em um tom sério.

– Eu.Não.Estou.Roubando.Merda.De.Dinheiro.Nenhum! – o garoto loiro disse pausadamente em um tom alto.

Harry apenas ignorou e andou as doze casas com seu peão em mãos.

"Sua propriedade precisa de reformas. Receba uma quantidade negociada com o banco."

– Vamos, Luke. Devolva tudo o que roubou e mais 5 mil libras de lucro pra mim. – Harry disse vitorioso.

– Você só pode estar brincando! Eu não te roubei, então aqui estão suas 5 mil libras. – Luke contou as notas e entregou ao garoto, jogando de má vontade contra Harry.

– Faltam 30 mil...

– Não faltam, Harry. O banco vai falir desse jeito.

– Luke Hemmings, acho melhor me entregar essas 30 mil libras antes que eu vá até aí e tire do seu caixa!

Observava toda aquela situação com desprezo, esperando para que aquelas duas crianças parassem de brigar por 35 mil libras.

Lembrando que: eram de mentira.

Sem paciência, me levantei e fui até a cozinha beber um copo d'água.

– Ué, filha. Parou de jogar? – meu pai indagou enquanto apreciava sua xícara de café, encostado na pia.

– Vim beber água enquanto eles brigam por algumas libras... – disse sorrindo.

– Talvez vocês devessem fazer outra coisa... Sei que o dia de hoje é perfeito pra ficar dentro de casa, mas assim pelo menos eles não ficam discutindo.

– De qualquer forma, pai, não é uma discussão pra valer. É assim sempre que jogamos banco imobiliário. – dei ombros.

Ele olhou para mim levando sua xícara aos lábios e engolindo o líquido quente.

– Ah!– ele pareceu se lembrar de algo e foi até o balcão, pegando uma sacola de papel – Eu trouxe isto da loja, divida com os seus amigos.

Olhei o embrulho por dentro e notei doces e mais doces, lotado deles. Ah, como eu amo a profissão do meu pai. Agradeci, dando um abraço no meu velho, voltando logo para a sala de estar.

Fire Head ☞ H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora