Fire Head ☞ H.S

Chapter 46.

Olha só quem resolveu aparecer! Não tão cedo quanto eu queria, mas mais rápido do que vocês esperavam. Eu sei que passou um mês desde a última atualização, mas peço calminha que eu JURO que to me reorganizando. Mas sobre o capítulo, já aviso que é o MAIOR capítulo de fire head que já escrevi até hoje (por isso demorei horrores pra escrever). Eu até pensei em dividir ele em duas partes, mas eu sei que no fundinho vocês adoram uma enrolação com detalhes, ainda mais quando se trata de Florry hehehe Mas no fim, vocês vão entender porque ficou tão grande. Muitas coisas novas entram nesse capítulo... Algumas boas e outras ruins, ENTÃO JÁ PREPARA O CORAÇÃO MANA hehe Mas é isso anjinhos, os próximos recados vão nas notas finais. Vou deixar vocês em paz por alguns minutos.

Boa Leitura <3

***

28 de julho de 1938.

            Florence

            A vejo correr através das horas, dos dias, dos anos. Ela corre incansavelmente até o dia onde tudo começa. E ela chega. Chega inocentemente sem saber que ali é o ponto onde a glória da sua existência ganha vida, e onde a mísera desventura catastrófica se inicia, tomando conta do seu ser, assim que ela voltar a correr através do tempo em direção ao futuro.

            É nesse ponto onde tudo poderia ser evitado, e a felicidade e despreocupação de uma inocente e jovem garota poderia ter sido mantida. Mas ela está fadada a sofrer no momento em que seu melhor amigo entra por sua porta com um outro alguém. Com alguém que ela não sabe o nome e nem de onde veio. Não sabe ao menos do que gosta ou de como é o seu tom de voz. Ela não sabe, mas seu melhor amigo acaba de assinar o seu decreto de amargura e angústias até o fim de uma vida que nem ela mesmo consegue enxergar ainda. Afinal, ela só tem oito anos.

            Ela ainda não sabe, mas no momento em que profere simpaticamente as palavras "Olá, qual o seu nome?" e não ouve nada, o olhar tímido do pequeno rapaz a sua frente responde tão sinceramente quanto se tivesse gritado os seus sentimentos. E a sua insegurança ao conhecê-la o intimida tanto que o seu medo quase a engole quando ele tenta respondê-la apenas o seu primeiro e simples nome, quando na verdade, por dentro já exclamava desesperadamente as desconhecidas palavras "Eu te amo". Tão desconhecidas que talvez nunca fossem descobertas.

            Então ela volta a correr, desta vez para frente. Passa por anos desperdiçados de completa solidão que nem ela mesmo se dá conta. Ela não sabe que seu coração possui um espaço não preenchido. Mas como ela poderia saber, se seu melhor amigo já parecia ser tudo o que ela precisava?

            Ela para no carnaval. Juventude esvai das ruas alegres de uma cidade grande, onde tudo parece dar certo. Onde nada na vida dali para frente poderia decair para profunda escuridão. E ela realmente acredita nisso, até as palavras duras de um jovem rapaz a ferirem verdadeiramente pela primeira vez no coração. Nessa curta caminhada durante o tempo até aqui, ela já sofrera profundamente, mas nada a magoou mais do que as palavras rígidas do seu próprio amigo. Era evidente que sua personalidade nunca deixaria mostrar a qualquer um que as palavras "Você não tinha o direito de interferir" a machucaram mais do que qualquer um e onde ela jamais imaginaria.

            Sem forças por dentro, mas demonstrando ser a mulher mais resistente que existe, ela já não corre, mas caminha calmamente pelos dias. E quase já se imaginando sem forças para continuar seu caminho, tudo se colore. Tudo a sua volta durante a caminhada se torna saturado em cores vibrantes, gerando dentro dela uma espécie de energia infinita, deixando seu peito inflamado em chamas ardentes por dentro. E então, ela volta a correr, sorrindo como nunca antes, mesmo que sem perceber o motivo para tanta alegria.