15 de maio de 1937.
Harry
– Querido, você está pronto? – pude ouvir minha mãe gritar do andar de baixo –Vamos nos atrasar!
– Já estou descendo, mãe! – disse em um volume alto para que ela escutasse.
Fiquei algum tempo em um empasse sobre pegar ou não um casaco. Estávamos na primavera, portanto o clima estava bem agradável. Olhei uma última vez para o meu topete no espelho e desci de dois em dois degraus até encontrar minha mãe a minha espera na porta de entrada.
Hoje iríamos prestigiar Olivia na sua primeira apresentação de balé solo. Até então, ela se apresentara com um grupo enorme de bailarinas, mas seu professor encontrou nela um talento especial e a deu a chance de uma apresentação sozinha, e que segundo ela, era muito difícil. Nossa amiga convidou a todos nós e nossos familiares, e mal podíamos esperar para prestigiar esse talento especial e vê-la sob um único foco de luz, e não escondida nos cantos do palco como normalmente.
– Posso tentar ir dirigindo hoje? – disse antes que minha Anne se sentasse no banco do motorista.
– E por acaso o senhor sabe o caminho? – ela se apoiou na porta e sorriu enquanto eu ia em sua direção.
– Vamos lá, mãe. Você sabe que sou um bom motorista. – estendi as mãos para receber as chaves.
– Hun, melhor não. – ela entrou no carro enquanto eu revirava os olhos e voltava ao meu lugar – Muitos adultos por lá, sabe? Não quero que pensem que sou uma mãe desnaturada que deixa seu filho de 16 anos dirigir quando só falta um ano para ter autorização.
– Ok, dona Anne. A senhora é quem manda. – fechei a porta e minha mãe deu a partida.
O caminho não era longo. Na verdade, nunca era longo. Minha cidade é pequena demais para se demorar muito a chegar a algum lugar.
– Horas, querido. Por favor. – minha mãe disse concentrada na estrada.
– Não vamos nos atrasar, mãe. – levantei a manga da camisa que cobria o meu pulso esquerdo e observei os ponteiros do relógio – 18h30.
– Ótimo, ainda nos resta meia hora. – acenei com a cabeça enquanto ela ligava os faróis a medida que escurecia cada vez mais – Florence vai estar lá?
– Sim. Ela e toda a família. Por quê?
– Por nada. – minha mãe deu ombros – Ela é uma menina muito interessante e tem te ajudado em química nessas últimas semanas. Além do mais, estava querendo conversar com Joanne. Ela é legal como a filha.
– Florence tem mesmo me ajudado. Se não fosse por ela, talvez eu me encrencasse nessas semanas finais de prova. – me virei para ela e levantei uma sobrancelha ao não entender o motivo daquele assunto – Mas sobre o que queria falar com a mãe dela?
– Assuntos de dona de casa. Nada que você quisesse saber. – cruzei os braços então Anne decidiu continuar – Ela ficou de ir à feira de vegetais semana que vem comigo para comprar algumas coisas para a nova receita que vai me ensinar, ok?
– Ugh! Pensei que fosse algo mais interessante. – me virei de volta para ver a estrada.
– Eu te disse que não era nada demais. – a morena ao meu lado revirou os olhos e continuou o pequeno resto do caminho em silêncio.
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Fire Head ☞ H.S
RomanceA história de uma juba vermelha e um rapaz florido encontrando o caminho para o coração um do outro em meio ao caos. • Harry Styles Fanfiction • "Um conflito militar que durou de 1939 a 1945: É assim que basicamente definem a Segunda Guerra Mundial...