Chapter 14.

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(por favor leiam a mensagem fofinha que eu escrevi pra vocês <3)  

     28 de fevereiro de 1937.

       Harry

Domingo à tarde e eu me encontrava sentado em minha escrivaninha fazendo a tarefa de geografia completamente contra a minha vontade. Por mais que eu já estivesse perto do fim, havia uma questão que eu não conseguia me lembrar. Não encontrava as respostas no livro e nem na minha memória.

Sem paciência, desci as escadas com pressa com o livro embaixo do braço direito para perguntar a minha mãe. Ela se encontrava na sala com a televisão ligada e, enquanto prestava atenção naquelas imagens preto e branco, passava a roupa. Seus cabelos morenos e lisos estavam presos com um lenço em volta da cabeça e ela vestia um avental branco na cintura.

– Mãe? – a interrompi de suas distrações – Você sabe qual é o clima predominante na Austrália?

– Eu só sei que é quente, querido. Bem quente. – ela tirou o ferro do contato com a roupa.

– Eu não posso responder isso. – me joguei ao sofá, cobrindo meu rosto com o caderno.

A não ser que eu pergunte para...

Por que não pergunta para a Florence? – ela disse cortando meus pensamentos.

Essa mesmo.

– É uma boa ideia. – me levantei com pressa, indo em direção à porta – Eu já volto... Ou não.

Ela sorriu em resposta e continuou sua tarefa. Peguei meu casaco no cabideiro perto da entrada e saí pela sala. Com o meu caderno e um lápis em mãos, desci calmamente minha rua, passando em frente a parte traseira da casa da garota e olhando para a sua janela a espera de algum sinal de vida. Seria muito mais fácil se houvesse uma porta nos fundos. Ao contornar a esquina, subi mais alguns poucos metros até me encontrar de frente com a sua porta. A primeira coisa que pensei foi que Florence estaria sem nada para fazer e por isso me atenderia rapidamente. Toquei sua campainha e aguardei alguns segundos para ser atendido.

– Pois não? – uma linda moça loira abriu a porta e vestia trajes muito parecidos com os da minha mãe.

– Senhora Carter, desculpe o incômodo. – coloquei as mãos em meus bolsos – Sou Harry.

– Ah sim, eu me lembro de você! – ela sorriu simpaticamente. Imediatamente a figura da minha amiga surgiu em minha cabeça. O sorriso era o mesmo. – Você é o amigo da Flor que veio aqui em casa durante a madrugada na semana passada, não é?

– Eu mesmo. Felizmente já encontramos o meu cachorro. – falei enquanto ela me ouvia atentamente – Bom, Florence o encontrou.

– Fiquei realmente feliz quando ela me contou. – seu sorriso permanecia intacto – Deus! Desculpe-me a educação. Gostaria de entrar?

– Obrigado pelo convite, mas meu assunto com a Florence é muito rápido. Poderia chamá-la para mim? – queria tirar essa dúvida o mais rápido possível pois o vento estava gelado do lado de fora.

– É urgente? Lamento mas Florence não está aqui. Se não for importante eu posso pedir para que ela vá até sua casa assim que chegar.

– Tudo bem, eu aguardo então. Obrigado pelo seu tempo, senhora Carter. – me virei para ir embora, mas antes que a mãe da minha amiga fechasse a porta, voltei a chamá-la – Só por curiosidade... Onde ela está?

Fire Head ☞ H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora