FINALIZADA
Se ficou para trás, significa que houve um motivo para não fazer parte do seu presente, mas é se o amor não acaba, e mesmo revivendo todas as incertezas e dores, ainda há amor. Um amor do passado no presente.
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CAPÍTULO UM
Amélia
Nove anos depois
Saída clínica sorrindo animada, se tudo desse certo eu estaria esperando meu bebê logo. Acabei de me formar em medicina na Universidade de Nova Iorque, e ao contrário da maioria das mulheres, eu me sentia pronta para ser mãe e, eu não queria fazer isso com mais ninguém a não ser eu mesma. Então, eu procurei uma clínica de inseminação, estava há dois meses me preparando para hoje, meu médico me disse que eu estava saudável e que tinha grandes chances do processo dar certo.
Eu estava trabalhando desde o meu segundo ano da faculdade em uma clínica de reabilitação, e eles pagam muito bem. Eu não poderia reclamar, eu tive muita sorte, e com isso, consegui ter uma condição estável que me permitia ter um apartamento mediano em um bom bairro de Nova Iorque.
— Como foi? – Anne, minha melhor amiga e colega de trabalho, perguntou assim que adentrei nossa sala.
- Daqui quinze dias, irei saber se estou grávida ou não. – ela sorriu comigo.
— Estou ansiosa para ser tia! – nós duas rimos. Conheci Anne, assim que comecei a trabalhar na clínica, ela é psicóloga e um gênio, entrou para a faculdade aos quinze anos, e se formou aos vinte e três, aos vinte e seis, já tinha doutorado.
— Pode dar errado, tem 50% de chances de não funcionar na primeira vez. – revirou os olhos, tirando seu jaleco.
— Vai funcionar. – Anne tem cabelos pretos como a noite, olhos verdes claros e pele branca, ela é alta como uma modelo, e tem um corpo de dar inveja a qualquer pessoa.
— Sim, vai sim. – toco meu ventre sorrindo, eu estava com bons pressentimentos sobre isso.
Suspiro cansada, ao terminar de atender meu último paciente; Ryder, dezesseis anos, pais usuários, e foi encontrado em um beco tendo uma overdose. Desde que chegou na clínica, ele tem passado por vários momentos críticos, convulsões por falta das drogas, alucinações, as vezes ele tinha surtos graves. Desde que chegou eu era a única pessoa que ele deixava aplicar os remédios e socorrer ele em meio a uma crise. Hoje ele estava estável, sua cor estava voltando ao normal e ele já estava ganhando peso, seus episódios estavam ficando cada vez menos frequentes.
— Amélia – viro-me, travando no lugar, sentindo as chaves de meu carro escorregarem por entre meus dedos. Chaz e Ryan, estavam parados no meio do estacionamento. Eles estavam maiores, mais fortes; Chaz estava com barba e cabelos longos, Ryan estava com a cabeça raspada e os braços fechados em tatuagens, ambos vestidos totalmente de preto.
