FINALIZADA
Se ficou para trás, significa que houve um motivo para não fazer parte do seu presente, mas é se o amor não acaba, e mesmo revivendo todas as incertezas e dores, ainda há amor. Um amor do passado no presente.
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CAPÍTULO VINTE E QUATRO
Assistia o peito de Amélia subir e descer tranquilamente, em um sono sereno. Nos últimos três dias, eu passava metade da noite assistindo ela dormir, sua respiração tranquila era minha certeza que ela estava bem.
— Você não dormiu novamente? – sua voz baixa e rouca, me acorda de meus pensamentos.
— Eu prefiro assistir você. – digo, afastando a mecha de seu cabelo que estava em seu rosto, colocando atrás de sua orelha.
— Justin, você precisa descansar. – ela diz, me olhando preocupada. — Você não dorme direito desde o acidente.
— Tem muitas coisas na minha cabeça. – digo, e ela se aproxima mais de meu corpo, sua barriga saliente tocando meu abdomem, minha mão logo desce em um carinho pela mesma.
— Você deveria ouvir seu pai. – diz, e olho para ela. — Você não precisa perdoá-lo, mas você merece saber o porque ele fez tudo isso. – suspiro.
— Tudo bem. – digo, e ela sorri fraco, beijando o canto da minha boca. — Nada de enjoo matinal?
— Não ainda. – suspira. Solto-me de seus braços, descendo por seu corpo, até estar com meu rosto em frente a sua barriga levemente inchada.
— Como você está hoje, carinha? – passo meu dedo pela lateral da barriga de Amélia, arregalando os olhos, quando um pequeno movimento apareceu onde meu dedo tinha passado. Olho para Amélia, que estava tão surpresa quanto eu. — Você sentiu? – ela concorda com a cabeça, colocando sua mão em sua barriga.
— Fale com ele. – ela sussurra, pouso minha mão ao lado da dela.
— Me deixe sentir você, carinha. – peço, e pouco depois, sinto o pequeno movimento passar por minha mão. — Faça de novo. – peço novamente, animado. Mas, desta vez, nada veio e Amélia riu baixo.
— Ele faz o que ele quiser. – concordo com a cabeça, beijando sua barriga.
[...]
— Você vai ver Liam hoje? – Chaz questiona, assim que adentro a cozinha.
Caminho até a cafeteira, enchendo uma xícara para mim.
— Ele não vai falar nada. – dou de ombros.
Nos últimos três dias, tenho ido ver Liam todos os dias. Como eu esperava, Jaxon tinha feito um ótimo trabalho com seus jogos mentais, que assim que coloquei meus pés no galpão, ele me implorou para morrer. Passei um bom tempo com ele esses dias e, ontem quando saí, ele estava com um corte profundo na coxa, não pegou nenhuma artéria, mas se não fosse fechado, ele iria sangrar até morrer.
