FINALIZADA
Se ficou para trás, significa que houve um motivo para não fazer parte do seu presente, mas é se o amor não acaba, e mesmo revivendo todas as incertezas e dores, ainda há amor. Um amor do passado no presente.
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CAPÍTULO NOVE
— Ame. – escutei meu nome ser chamado ao fundo de minha mente. — Babe, nós já chegamos. – abro meus olhos devagar, olhando para Justin, seu terno tinha ido embora dando lugar a um conjunto de moletom e uma touca preta. — Chegamos. – ele me entrega uma xícara com chá, e coloca um prato com torradas ao lado da cama.
— Vamos para o hospital. – levanto-me, mas ele me para.
— Seu pai está no meio de uma cirurgia, estou me mantendo informado. – ele diz, forçando meu corpo levemente para sentar novamente. — Coma, depois nós iremos para lá. – suspiro concordando, como as torradas e bebo o chá, enquanto Justin me observa atentamente.
— O que foi? – sussurro, não suportando mais ficar debaixo de seu olhar em silêncio.
— Não corra daquele jeito, nunca mais. – diz, fechando os olhos, soltando um longo suspiro em seguida. — Eu morri mil mortes vendo seu carro voando daquele jeito, Amélia. – ele diz, sério, concordo com a cabeça, tomando o último gole do meu chá.
— Podemos ir agora? – concorda, levantando-se.
Sigo-o para fora do quarto, com o mesmk se curvando em uma poltrona, pegando um casaco grosso preto que mais parecia uma coberta e me entregando, logo depois, pegando outro igual e vestindo-se.
Saio do jatinho e, o ar frio me faz tremer, a pista de pouso estava com gelo derretido da neve que já começava a cair no Canadá, desço as escadas, seguindo Justin para o SUV que estava estacionado não muito longe do avião.
— Há quanto tempo ele está na cirurgia? – pergunto já dentro do carro.
— Duas horas. – concordo com a cabeça. — Assim que ele estiver estável, vou transferi-lo para o melhor hospital da cidade. – diz, enquanto mexe em algo em seu celular.
— Obrigada. – sussurro, deitando minha cabeça no encosto do banco.
O restante do caminho até o hospital foi em total silêncio. O carro parou no estacionamento, e vi Dark parado ao lado do elevador.
— Senhor, todo o prédio já foi checado. – diz à Justin, quando chegamos no elevador. — Aqui. – ele me entrega o crachá com minha foto e nome, e o mesmo para Justin.
— Mãe. – chamo-a, assim que as portas do elevador se abriram e, a imagem dela sentada de cabeça baixa toma minha linha de visão.
— Lia. – sussurra, levantando a cabeça.
— Alguma notícia? – questiono, e ela nega com a cabeça, me envolvendo em seus braços.
— Senhora Foster. – Justin comprimentou quando me soltei dos braços da mesma, minha mãe o olhou por alguns segundos, mas não disse nada.
