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- Quem é? - Johnny perguntou ao Marilyn. - Quem você convidou agora?

- Eu não convidei ninguém! - ele tentou falar baixo, mas era quase impossível. - Não abram a porta!

Eles ficaram batendo boca e a campainha ficou tocando e já irritada, me levantei com meu pote de sorvete e fui ver quem era.

E me arrependi.

Quando abri a porta, Holy estava lá.

Eu fechei a porta na mesma hora e me xinguei por não ouvir, o agora não tão babaca Marilyn, tinha razão.

O que ela está fazendo aqui, droga?

- É apenas um rolo antigo... - ouvi Marilyn dizer quando voltei a me sentar ao lado do Johnny. - Talvez não tão antigo assim.

- Quando que você vai sossegar?

- Também tô querendo saber! - ele cruzou os braços. - Vamos apenas fingir que não tem ninguém em casa.

- A televisão está alta e com certeza ela já sabe. - falei, por que era verdade.

- Porra nenhuma! - ele bufou e passou a mão no rosto. - Eu preciso beber!

Quando ele saiu a campainha tocou mais uma vez.

- É a Holy. - falei depois de levar uma colher cheia de sorvete a boca. - Ela está lá fora.

- Querida... - ele sorriu e tocou meu rosto. - Mesmo que você esteja fofa agora, não fale de boca cheia, ok?

- Tá legal.

- E ah sim, a Holy é?

- Você já sabia?

Como que ele sabia?

Tenho certeza de que eles trocaram números de celular aquele dia e vem se falando todos os dias, tenho certeza.

- Talvez... - ele suspirou. - Eu tenha esquecido de dizer que somos vizinhos e que os pais dela são conhecidos.

- Puta merda! - eu estava surpresa demais. - Como assim?

- É, e olha a boca.

Meu deus, eu não estava acreditando.

- Estou muito surpresa.

- Merda, eu também! Não sabia que ela e Marilyn tivessem tido algo, estou surpreso também.

- Não estou surpresa por isso, gatinho.

- Oh... Ok.

Eu me levantei e trouxe meu sorvete junto quando a campainha tocou mais uma vez, Marilyn precisava fazer algo.

- Não atende a porta, por favor. - pedi e me inclinei para beijar seus lábios. - Eu não quero que você seja assediado e nem nada do tipo. - ele riu alto e balançou a cabeça, e eu me derreti toda. - Vou falar com o Marilyn, aquele safado cachorro e sem vergonha.

- Pega leve com ele.

Eu vou matar ele.

Quando cheguei na cozinha, tinha várias garrafas de bebida na bancada, inclusive a minha garrafa rose, e Marilyn, despejando um pouco de cada uma em um copo grande.

- Por que você está fazendo isso? - perguntei quando me aproximei. - E com que direto você pegou minha garrafa linda e perfeita?

- Eu paguei por ela. - ele bufou e pegou uma garrafa de vinho e colocou no copo. - Será que aqui tem energético?

Ele iria entrar em coma alcoólico.

E ele não pagou por ela.

- Você não pagou por ela, Johnny pagou.

john; johnny deppOnde histórias criam vida. Descubra agora