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- Eu estou em um momento delicado, você sabe. - ele segurou minha mão e acariciou. - E em nenhum momento quis que você se magoasse, já magoando, então, tive opções. E sinto muito por ter escolhido a errada e vou entender se você não quiser mais me ver e... - ele ficou em silêncio e olhou pra mim sorrindo fraco. - Eu não sei, querida, eu só sinto muito.

Certo.

Ele sente muito.

Mas, não parece querer falar de fato o que aconteceu.

Maravilha.

- E você não quer falar sobre isso? - perguntei.

Era claro que ele não queria, mesmo assim aqui estamos.

- Não quero falar sobre isso agora, não quero que meus problemas sejam seus problemas também.

Tá legal.

- Marilyn disse que eu deveria te deixar ir. - ele abaixou a cabeça. - Mas, ele também disse que eu precisava disso, precisava de você.

Uau.

- E quando ele disse isso?

Eu não sabia se Marilyn era meu amigo ou meu inimigo, com certeza mais um do que o outro.

- Ele diz isso sempre.

O choque foi grande, mas nem tanto.

- E o que você quer fazer agora?

Eu precisava saber.

Porque eu preciso saber o que eu quero fazer agora.

Eu gosto muito dele e com certeza aceitaria qualquer coisa porque sou completamente apaixonada por ele.

Que grande merda.

- Eu quero muito fazer isso dar certo. - ele olhou pra mim. - De verdade. Quero que se foda a merda toda e o que importa somos apenas nós dois. - ele suspirou. - E o Marilyn. Ele disse que quer estar incluso nisso.

Eu revirei meus olhos.

Não tenho tido um minuto de paz desde que tinha trocado a primeira palavra com ele.

Que ódio.

Eu olhei para frente, pensando

Eu não tinha muitas opções, claro.

Eu só queria ficar com ele e ser feliz, apenas isso.

Mas por que parece ser tão difícil?

Senti o toque no meu rosto e fechei meus olhos, suspirando e decidindo, e quando ele me virou pra ele eu já sabia.

- Eu prometo não fazer merda. - falou. - Sempre que tiver algo errado e me incomodando eu vou te dizer e quero que você faça o mesmo. Vou ser totalmente sincero por que quero fazer isso dar certo, com você.

- Tudo bem.

Eu não tinha nada a perder, então o que teria de mal dar outra chance para o meu gatinho velhinho lindo demais?

Nenhum problema.

- Tudo bem? - ele abriu um sorriso todo bobo. - Tudo bem, mesmo?

- Sim, Johnny. - balancei a cabeça sorrindo. - Mesmo.

Ele me puxou e me abraçou, me beijando diversas vezes no rosto e agradecendo.

Eu já sinto o arrependimento chegando.

Lento.

Mas está chegando.





- Onde estamos indo? - perguntei a ele.

john; johnny deppOnde histórias criam vida. Descubra agora