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- Ah... Ok.

Acho que nasci pra passar vergonha.

Sim, eu estava mais uma vez no mesmo ambiente que ele.

E me sinto feliz. Um pouco feliz.

Olhei para onde achava que tinha vindo sua voz e vi quando ele se sentou no sofá, de costas para mim, e passou a mão no cabelo.

Ele sempre foi lindo, sempre. E claro que ele ainda está e o fato dele estar provavelmente deixando o cabelo crescer o deixa mais bonito. Os fios castanhos claro quase loiro o deixava tão charmoso.

Que droga, eu ainda o admirava muito e gostava muito dele.

- Amanhã vamos comprar. - ele falou e se virou pra mim. - Desculpe.

- Tudo bem...

Eu não me importava com a droga do leite ou não, eu só conseguia prestar atenção nele.

Eu abri a minha boca pra falar algo mas nada saiu, eu não sei o que eu poderia falar mas achei que deveria, mas mesmo assim não disse nada.

Ele apenas ficou parado me olhando e depois do que pareceu uma eternidade ele finalmente disse algo.

- Boa noite, Chloe.

E saiu.

Eu respirei fundo tentei não surtar, eu não era mais uma criança que surtava por qualquer coisinha que ele fazia.

Eu respirei fundo e fui comer algo e depois de feito, subi pra dormir.

;;;

- Você acha que eu estou magra demais? - minha amiga perguntou enquanto se olhava no espelho. - Eu acho que estou magra demais.

Ela estava se arrumando para irmos ao mercado com seu pai mas parou no meio do espelho pois disse que estava se achando magra demais.

- Você está ótima, Lily-Rose. - falei, por que era verdade. - Ontem mesmo você disse que tinha engordado, por que acha que emagreceu em menos de vinte e quatro horas?

Ela se olhou no espelho mais uma vez e respiro fundo.

- É bom ter você na minha vida, Chloe.

- Digo o mesmo.

Relutante, ela saiu de frente do espelho e disse para irmos logo. Nós saímos do quarto e quando passamos em frente a porta do quarto do Jack ela o provocou como sempre.

- Meu bebê vai querer que eu traga algo? - ela fez um biquinho e riu quando Jack o mostrou o dedo do meio. - Poxa, trarei seu chocolate preferido.

Ela jogou beijos e riu alto, o irritando mais ainda.

Esse tempo que estou com eles, e nossa amizade evoluiu, eles brigavam a metade do tempo em que conversavam. Mas, no final, eles sempre se entendiam e estavam conversando normalmente, nem parece que estavam discutindo sobre qualquer besteira a algumas horas atrás.

Eu os venerava. Muito.

Não mais que o pai deles, é claro.

O Johnny era incrível, adorável e muito gentil.

Eu o amava tanto.

Quando descemos a escada e chegamos no andar de baixo, minha amiga gritou pelo pai mas não obteve resposta.

- Acho que ele já está no carro. - ela falou e me puxou em direção a porta da frente e de fato, seu pai estava no carro. Nós sentamos juntas no banco de trás e logo Lily-Rose se inclinou para ligar o som do carro. Minha amiga era muito desatenta quando o assunto era dirigir algum automóvel, ela sempre esquecia que estava fazendo algo que precisava de extrema atenção e iria fazer algo completamente desnecessário. Ainda bem que não era ela quem estava dirigindo. - Só a Chloe para te fazer ir ao mercado de novo né pai? - ouvi quando Lily-Rose falou ao meu lado. - Eu deixava morrer de fome.

john; johnny deppOnde histórias criam vida. Descubra agora