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Acordei cedo e deixei Johnny dormindo.

O tempo não estava tão bonito assim, mas ao menos não está chovendo.

Tempo doido, um dia tá sol e no outro nublado.

Doideira.

Acho que vamos embora hoje.

Eu desci e me sentei na varanda da casa, e fiquei sentindo o vento no rosto e o cheiro forte do mar.

Odeio praia, mas é um lugar tão bom e calmo.

Tem seus benefícios.

Eu vi que Holy estava saindo de sua casa então eu me levantei e corri pra dentro, pra não precisar falar com ela.

Me julgue, mas ela era perigosa. Muito perigosa, ainda mais em relação ao Johnny.

Eu imagino a reação dela quando descobrir que eu e Johnny estamos juntos...

Ela vai me odiar e muito, já estou sentindo seu ódio.

Se futuramente eu souber da existência de uma fanbase do ódio sobre mim ela é a mandante e criadora, tenho certeza.

Quando voltei para o quarto, Johnny já estava acordado e sentado na cama. Assim que me viu sorriu sonolento e abriu os braços, e eu fui.

Sentei em seu colo e o abracei apertado, e ele retribuiu.

- Eu te amo. - ele sussurrou e tocou minha nuca, me apertando junto a seu corpo. - Me desculpe.

- Está tudo bem. - falei. - Aos poucos você vai entendendo o quão importante é isso.

- Uhum. - ele segurou meu rosto e fez menção de me beijar, mas não fez. - Eu posso te beijar?

- Claro, Johnny, que pergunta besta.

E ele fez.

Quando se afastou, beijou meu pescoço e ficamos assim. Abraçados e aproveitando o momento.

- Você pode dizer que me ama? - pediu. - Você não disse de volta.

Deus do céu...

- Te amo, gatinho, você sabe disso.

- É sempre bom ouvir.

Nós tomamos café e não fizemos absolutamente nada depois disso.

Marilyn ainda não tinha acordado e isso era bom, quanto mais tempo com ele longe melhor.

Eu gostava do Marilyn, mas os momentos que eu tinha a sós com Johnny era incríveis, eu amava e gostaria de continuar amando.

Mas, ele era muito sem noção e não ligava pra nada. Então, qualquer oportunidade que eu tinha de estar a sós com meu gatinho, eu aproveitava ao máximo.

Johnny estava muito quieto, mais do que o costume.

Tinha trocado poucas palavras comigo e no momento parecia muito interessado em preparar o seu cigarro, mas ele é assim sempre então não estou surpresa.

E não julgo.

Eu gosto.

Acho muito excitante então ele pode fazer isso sempre que quiser.

Quando cansei de ficar apenas olhando me aproximei mais dele e deitei a cabeça em seu colo.

- Você está bem? - perguntei o olhando.

- Sim, querida. - ele levou a seda até a boca e lambeu, pra enrolar. - E você?

- Também.

E ele não falou mais nada.

john; johnny deppOnde histórias criam vida. Descubra agora