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Assim que achei Johnny na casa principal, deitado no sofá, eu subi em cima dele e o abracei.

- Você não me acordou. - acusei. - E ainda me deixou sozinha.

- Eu já estava voltando. - falou e me abraçou. - E, você estava dormindo lindamente.

Eu o abracei mais apertado.

- O que estava fazendo? - perguntei, curiosa.

É cedo ainda e ele não estava comigo.

- Brian me ligou, pra não te acordar eu vim pra cá e... Bem, acho que ele está vindo.

Que maravilha.

- Bom.

- Ele se convidou e ele tem esse direito, então, é isso, ele está vindo. E eu acho que ele ficou com ciúmes, ele perguntou quando você iria embora eu disse que não sabia então ele tirou suas próprias conclusões e decidiu vir.

Esse homem é impossível, Marilyn acabando com meus planos.

- Tudo bem.

Eu me sentei e olhei pra ele.

- O que você bebeu exatamente ontem? - ele tocou minha perna e me olhou.

- O de sempre. - na verdade, eu acho que foi o de sempre. - Por que?

- Por nada. - ele acariciou minha coxa. - Você foi uma bêbada diferente ontem e, acho que a odeio um pouquinho, essa versão.

Meu deus, o que eu fiz demais?

Agora é sério, eu só vou beber no máximo pra ficar alterada e não bêbada até quase morrer.

E tô falando sério, confia.

- Como assim? - eu ajeitei meu cabelo, pra olhar melhor pra ele, e coloquei atrás dos meus ombros. - Foi ruim?

- Não.

- Então por que você me odeia?

- Não disse que te odeio, eu disse que odeio um pouquinho a bêbada que você transpareceu ser ontem. É bem diferente. Não foi igual das outras vezes.

Pra mim é igual. Foi igual.

- Me explica então.

- Bom. - ele se sentou e deixou de me tocar, e não voltou a fazer. - Primeiro que você não falou que me amava tantas vezes, fiquei um pouco chateado.

- Uh, ele é carente.

- Não brinque sobre isso. - ele ficou sério. - E segundo, você estava mais madura e muito, muito safada.

Minha nossa, sou bipolar eu acho.

E uma tremenda safada.

Porém olha quem eu namoro...

- Sério? - toquei seus ombros.

- Sim.

- Entendo. - suspirei e toquei seu peito duro. - Enfim, acho que, por termos agora uma intimidade da que não tínhamos antes, achei que, não teria problema. Você odiou isso?

Se ele falar que sim eu choro.

- Não odiei isso. - falou. - Odiei o fato de você estar bêbada, me provocar e eu não poder fazer nada por isso, por você estar bêbada.

Que merda.

- Johnny, querido, você pode fazer o que você quiser comigo.

Na moral, ele pode fazer qualquer coisa.

john; johnny deppOnde histórias criam vida. Descubra agora