john; johnny depp

13

Eu estou hipnotizada vendo ele preparar seu tabaco.

Eu não sei, eu estava me sentindo quente.

O jeito que ele dobrava a seda, colocava o tabaco e depois, passava a língua... Eu vou passar mal.

Estava quente.

E não digo só pelo tempo.

Não sei bem que horas chegamos a ilha, mas mais tarde quando acordamos Lily-Rose falou que tínhamos muitas coisas a se fazer.

No momento, estávamos na praia. Eu estava admirando a bela vista e o mar azul que parecia até mentira de tão bonito que era, e Lily-Rose estava na água com o seu irmão e cunhada.

Quando eu saí da água e me sentei para beber uma água, Johnny apareceu na varanda da casa pra fumar. E eu estava aqui olhando, e o admirando. Ele estava vestido com roupas confortáveis e parecia mais disposto a sabe-se lá o que, pelo jeito estar aqui fazia com que ele se sentisse bem.

Sabendo que estava sendo observado, ele levantou a cabeça, parando de enrolar a seda, e eu virei meu rosto na direção oposta, para o mar. Vi Lily-Rose me chamar com as mãos, exasperada, pedindo que eu fosse até ela.

Droga.

Eu teria que ir até ela.

Eu teria que ir até ela e fazendo isso, Johnny Depp iria ver o meu corpinho mixuruca.

Droga.

- Chloe! - ela gritou da água. - Vem logo!

- Já vou. - gritei de volta.

Droga.

Eu tinha duas opções; ir ou não ir.

Se eu fosse, ele veria meu "lindíssimo" corpo nessa droga de biquíni e provavelmente acharia o cúmulo do ridículo.

E se eu não fosse, ele não veria nada. Mas também tenho certeza que minha amiga iria ficar me gritando até que eu resolvesse ir até ela.

A segunda opção é a melhor, eu tenho certeza.

Maldito momento pra mim e Lily-Rose termos enchido nossa pança de comida... Se bem que estava muito bom e faria mais mil vezes.

Que se dane, eu vou ficar aqui.

Não, eu vou ir logo até ela.

Eu não sei.

- Ela já te chamou umas três vezes.

- Ai meu deus, que susto. - coloquei a mão no peito. - Eu sei.

Ele se sentou na cadeira do lado todo a vontade, e deu uma tragada na sua seda. Ele sorriu quando soltou a fumaça pela boca, e me olhou.

- Se eu fosse você iria, ela é muito insistente quando quer.

- Eu sei.

Eu só sei falar eu sei agora, uma tonta mesmo.

- Então vai. - ele indicou o mar.

- Eu vou.

Com a cara e a coragem eu me levantei e fui até Lily-Rose que ainda me chamava. Quando cheguei até lá, ela pediu por outra companhia por que disse que não aguentava mais o Jack e a Astaria.

Eu me virei para ver se Johnny ainda estava lá, só que ele já não estava mais.

Maravilha.

- Escuta. - Lily-Rose me cutucou. - A hora de você falar com os seus pais é agora. Aqui é o único lugar que tem sinal de celular, então é agora ou nunca mais.